Zahyra Mattar
Tubarão
É provável que até julho deste ano 24 ruas de Tubarão estejam asfaltadas. As obras atendem ao maior pedido da população: estradas boas. E rua boa é sinônimo de asfalto. Nada de paralelepípedos ou lajotas. Tem que ser a malha negra. Caso contrário, é desperdício de dinheiro público.
O asfalto é realmente bom. Se bem cuidado, é durável e facilita o transporte. Mas traz junto um outro problema: o abuso da velocidade. E esta constatação é visível no índice de acidentes de trânsito atendidos pela Polícia Militar e Guarda Municipal. Uma média de dois por dia. Na maioria, o motivo é falta de atenção do motorista e/ou excesso de velocidade em ruas onde é permitido andar a 40 Km/h, por exemplo.
Na noite de domingo, aproximadamente às 22 horas, uma mulher, por pouco, não morreu ao bater com a cabeça no pára-brisa do Corsa que dirigia na avenida Expedicionário José Pedro Coelho. Ela perdeu o controle do veículo é colidiu com um contêiner de entulho, posicionado em uma vaga de estacionamento da rua. O contentor não tem as faixas refletivas. É difícil visualizá-lo e este pode ter sido o motivo da colisão, já que a mulher, garantem testemunhas, estava na velocidade permitida.
A motorista passa bem, mas o caso levanta a discussão sobre a falta de segurança no trânsito, especialmente agora, com tanta obras em andamento. O cidadão Ednaldo Gomes, que viu e registrou o acidente da mulher, reside na avenida Expedicionário e confirma: “Desde que foi asfaltada, a rua transformou-se em uma pista de corrida, especialmente nos fins de semana ou dias de festa em Tubarão. Carros passam a 140 Km/h, com som alto e colocam a vida de terceiro em risco”, testemunha.
Ele mesmo avisa que na Expedicionário, por exemplo, há pelo menos duas ou três colisões por semana. “É difícil quando não tem polícia por aqui juntando pára-choque de carro”, confirma. O cidadão é um dos tantos preocupados com a chegada do progresso. Para ele, a fiscalização precisa ser maior: “A polícia faz blitze todos os dias e parece que ainda é pouco. As autoridades precisam ser mais severas quando o assunto é trânsito”, destaca.