Cirurgia intrauterina inédita em feto 20 semanas é realizada em Tubarão

#ParaTodosVerem Na foto, uma equipe médica realiza uma cirurgia intrauterina em um feto
- Foto: HNSC | Divulgação

Um feto de 20 semanas passou por uma cirurgia intrauterina inédita. O procedimento foi feito no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, na manhã deste sábado (20). A técnica, uma fetoscopia a laser com ablação de uretra posterior, foi realizada por uma equipe de médicos especialistas liderada pelo cirurgião paulista Mauricio Saito, um dos poucos médicos que executa cirurgias fetais no Brasil. O procedimento buscou desobstruir a saída da uretra do bebê em formação. “É uma obstrução da bexiga que faz com que haja uma dilatação vesical e de todo sistema urinário até chegar nos rins”, explica o cirurgião.

“Deste modo, como a urina do bebê não sai ocorre a dilatação da bexiga, dos ureteres e dos rins. E isso compromete a função urinária e, se o líquido estiver reduzido, também a pulmonar”, detalha. A gestante que passou pelo procedimento, Milena Beltrame, de 24 anos, descobriu recentemente o problema de seu bebê e logo a equipe médica que a atendia providenciou o contato com o Mauricio, levando o caso até o cirurgião. Ele já tem a rotina de viajar o país realizando cirurgias fetais para estes casos, assim como outros que amenizam e corrigem malformações congênitas.

“A cirurgia fetal hoje é realizada não só para salvar a vida do feto, mas para evitar danos permanentes, como correção anatômica da malformação e progressão de doenças. A vantagem desta técnica é que realizamos a abertura bem no ponto que precisa ser corrigido, tornando este esvaziamento urinário o mais funcional possível”, explica o cirurgião. Com o diagnóstico precoce, realizado durante o pré-natal, diversas malformações congênitas podem ser corrigidas, ou amenizadas, pela cirurgia fetal endoscópica ou fetoscopia, a exemplo da  hérnia diafragmática congênita (fechamento incompleto do diafragma), da mielomeningocele (defeito da coluna vertebral e da medula espinhal), da síndrome da transfusão feto-fetal (doença placentária em gestações gemelares, quando o sangue passa desproporcionalmente de um bebê para o outro), da anemia fetal e malformações cardíacas, entre outras.

Fonte: Assessoria HNSC

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