Acidente em Capivari: Argentinos estão em estado grave

Maycon Vianna
Capivari de Baixo

Um grave acidente envolvendo um Palio com placas da Argentina e uma caminhonete Nissan, de Tubarão, deixou Diego Ernesto Santos, 28 anos, e Valéria Aletti, 32, com sérios ferimentos. O casal ficou preso nas ferragens e, depois de muito trabalho do Corpo de Bombeiros, foi encaminhado em estado grave ao Hospital Nossa Senhora da Conceição.

A colisão frontal ocorreu por volta das 9 horas, no quilômetro 327 da BR-101, trecho pertencente a Capivari de Baixo. O condutor tubaronense, Frank James Larroyd, 39, teve ferimentos leves.
Segundo informações do HNSC, Diego apresentou politraumatismo craniano e passou por cirurgia ontem à tarde. Valéria também teve politraumatismo e ainda fez uma laparotomia exploratória (procedimento para verificar se há alguma lesão no abdômen). O estado clínico do casal requer cuidados, mas a dupla não corre risco de morte.

Excesso de velocidade é a causa dos acidentes

O excesso no número de veículos argentinos que trafegam na temporada de verão no trecho sul da BR-101 impressiona os patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Até o Carnaval, no próximo dia 24, o movimento deve ser intenso. Alguns estrangeiros chegam à região calmamente, para deslumbrar a paisagem. Outros têm pressa e esquecem que a rodovia não é feita para correr.

A PRF já registrou, com ajuda do radar fotográfico, um veículo argentino a 184 km/h, além de um motorista de um Peugeot, do mesmo país, conduzindo a 161 km/h na BR-101, próximo à Içara.
Os argentinos estão geralmente a caminho de Laguna, Garopaba, Imbituba e Bombinhas. Na Argentina, as pistas duplicadas têm velocidade permitida de 130 km/h, ao contrário do Brasil.

O radar fotográfico usado pela PRF, principalmente em pontos estratégicos, capta por meio de laser a imagem de veículos que excedem a velocidade permitida. A foto é armazenada e encaminhada para Brasília, onde são feitas as notificações, entregues em cerca de 30 dias aos condutores. “Não adianta burlar a lei, estamos sempre atentos às irregularidades cometidas por quem dirige, sejam estrangeiros ou não”, afirma o inspetor da PRF, Teodoto Tonon.
Este procedimento só não ocorre em casos de turistas multados, em que as imagens são repassadas e as notificações geradas em dois dias.