Nunca gostei de analisar qualquer coisa sem ter o conhecimento do contexto na qual ela está inserida. Num artigo de opinião, então, retirar uma única frase do seu contexto é um crime. Pode-se cometer injustiças, distorcer pensamentos ou até mentir.
O professor Fábio Bento, que mesmo sendo funcionário em tempo integral da Unisul, insiste em opinar publicamente sobre as “eleições” da instituição, comente uma grande injustiça quando cita uma única frase do meu artigo sobre as eleições.
No artigo “Eleições, Retrocesso e Democracia”, publicado neste diário, escrevi frases que falavam da falta de democracia existente na Unisul, da falta de respeito da instituição quando não elege o reitor de forma transparente e direta, e até uma frase que falava do retrocesso histórico em que vivemos na universidade, lutando, nos dias hoje, por “Diretas Já!”.
Infelizmente, o senhor Fábio Bento só aproveitou do meu texto a frase “Não sejamos ingênuos para acreditar que a eleição da forma direta é uma garantia da qualidade do eleito”, distorcendo minha opinião com uma manobra textual mal intencionada ou simplesmente equivocada.
O professor em questão sequer deu continuidade ao parágrafo que ele retirou a frase, onde eu dizia que “na minha cidade eu presencio eleições diretas para coordenador de curso e reitor da universidade. Posso afirmar com propriedade que a forma direta beneficia a instituição de ensino, bem como professores, funcionários e estudantes”.
As distorções feitas pelo professor Fábio Bento deram a entender que eu compactuava com essa forma antidemocrática de apontar quem senta na cadeira da reitoria.
Além de saber o número da minha matrícula, caro professor, eu me sinto parte dessa universidade e lutarei para que ela deixe de ser esse eterno conchavo familiar. Além disso, não abro mão de defender os interesses dos estudantes que me colocaram à frente do Centro Acadêmico. Mas, certamente, o que não permitirei jamais é que algumas pessoas com interesses não muito claros utilizem meu nome para fazer moral com o patrão.