Zelensky recua e aceita negociar sob liderança de Trump

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta terça-feira (4) que seu país está disposto a negociar um acordo de paz sob a liderança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O comunicado surge após a suspensão da ajuda militar americana à Ucrânia, evidenciando um possível enfraquecimento da resistência ucraniana contra a Rússia. Além disso, Zelensky afirmou que a Ucrânia está pronta para assinar um acordo estratégico sobre minerais raros, recurso essencial para diversas indústrias.

Mudança de postura após tensão com Trump

O pronunciamento de Zelensky ocorre após um impasse diplomático com os Estados Unidos. No dia 28 de fevereiro, uma reunião entre os líderes gerou desconforto, especialmente depois que o ucraniano afirmou que um acordo com a Rússia ainda estava “muito distante”. Como resposta, Trump suspendeu o envio de ajuda militar, uma decisão que fragilizou ainda mais a posição da Ucrânia no conflito.

Pontos do acordo que Zelensky deseja firmar

No comunicado, o presidente ucraniano detalhou alguns passos para encerrar a guerra:

  • Trégua no céu e no mar, incluindo a suspensão de ataques com mísseis, drones e bombas em infraestruturas civis, desde que a Rússia faça o mesmo;
  • Libertação de prisioneiros de guerra como etapa inicial das negociações;
  • Diálogo acelerado para alcançar um acordo final com apoio dos Estados Unidos.

Além disso, Zelensky destacou que a Ucrânia valoriza o apoio norte-americano e espera que o novo acordo com Trump garanta segurança ao país.

Acordo de minerais entra na pauta

Outro ponto crítico da negociação envolve a exploração de minerais estratégicos. A Ucrânia possui vastas reservas de elementos essenciais para a indústria tecnológica e de defesa, como lantânio, cério e neodímio. Trump considera essa parceria uma forma de compensação pelos US$ 300 bilhões em apoio já enviados à Ucrânia. Zelensky, por sua vez, disse que está pronto para assinar o acordo “a qualquer momento e em qualquer formato conveniente”.

Perspectivas para o futuro

Apesar do recuo, Zelensky manifestava preocupação sobre as garantias de segurança que os Estados Unidos ofereceriam à Ucrânia nesse contexto. Agora, resta saber como Trump conduzirá as negociações e se a Rússia aceitará as condições propostas.