Início Colunistas A Hora do Emprego - Fernando Rodrigues Você já experimentou farofa de tatuíra?

Você já experimentou farofa de tatuíra?

No inverno, lá pelas três horas da tarde ela já começa a encobrir a praia, no verão pouco visível – a maresia, odiada por muitos e amada por poucos. Adoro o cheiro da maresia. O estalido das ondas quebrando na praia. Caminhar com os pés descalços na areia molhada. Observar o silêncio ensurdecedor da garça branca à beira mar. Contemplar o rasante do biguá em busca de alimento. E, a maestria das tatuíras no vai e vem das ondas, em cotidiana fuga dos seus predadores. A vida a beira mar é majestosa. É sorrateira. É dinâmica. Eu sempre sonhei em morar na praia. Hoje, eu moro na praia.

Mas, antes, fiz algumas tentativas que não deram certo. Não foi fácil. Ainda não é. Como para os animais e aves marinhas – a luta pela sobrevivência é diária. Para mim, é uma luta mensal para pagar as prestações do apartamento. Mesmo assim, me sinto agradecido por morar num país tropical abençoado por Deus, como disse Jorge Ben.

Acredito que poucos brasileiros podem reclamar de não ter oportunidade de conhecer o mar. Já que temos 8.000 quilômetros de litoral banhado pelo Oceano Atlântico. E dados do IBGE afirmam que a maior parte da população brasileira se concentra no litoral do país. Então somos todos praieiros!

Retornando a pergunta do título do texto de hoje. Você já comeu farofa de tatuíra? É uma delícia. Quem já experimentou nunca esquece e quem nunca comeu vai lembrar. Ou não? Quando eu era criança minha família fazia o bate e volta de finais de semana na praia. Até que parentes adquiriram uma casa na praia do Sol. A festa da criançada nas férias estava garantida. Cresci curtindo minhas férias de verão na praia do Sol.

Dessa experiência, das férias de verão, deixe me expor o que mais marcou minha infância na praia. A farofa de tatuíra que minha madrinha fazia. Todos os dias, naquele intervalo entre o pôr do sol e o escurecer íamos todos felizes da vida catar tatuíra. Era uma festa. A catação era assim: quando a onda subia esperávamos ela baixar e expuser as tatuíras, desta forma a tarde se ia e a noite chegava sem avisar. Ao final da catação enchíamos uma panela, por que a família é grande.

E qual ensinamento eu trago para o mundo real, o mundo do trabalho? A nossa vida profissional é como mar: tem maré alta e tem maré baixa. E às vezes a maresia encobre nossa visão e confunde nossos pensamentos. E para piorar, não é todos os dias que o mar está para peixe.

Entretanto, você só precisa esperar o momento certo. Talvez, o seu fracasso esteja banhado pela maré alta, e o seu sucesso seja revelado na maré baixa. Ou vice-versa. Independentemente da sua carreira profissional, aprenda a sobreviver neste mundo voraz. Nesta labuta diária pela sobrevivência no seu emprego.

Contudo, a vida na praia pode não ser a sua onda, mas, pelo menos aprenda a nadar. Por que como você vai sobreviver se a maré mudar?
Deixe resumir o exposto até agora em uma única frase: não tenha medo de tentar! E que tal fugir da mesmice e experimentar a farofa de tatuíra?


Mural de Vagas

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• Villa Buena Vista contrata camareira. Com experiência. Carteira de trabalho assinada. Interessadas devem ligar para o telefone: 3355-6421, falar com Rosana.

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