Vigilante morde cobra após ser picada em creche de SC

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

Uma vigilante escolar foi picada por uma cobra-coral verdadeira ao chegar para trabalhar em uma creche de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. Em um momento de desespero, temendo que o animal pudesse ferir alguma criança, a mulher reagiu de forma inesperada e mordeu a serpente.

Mulher foi hospitalizada em estado grave

O acidente ocorreu quando a vigilante abriu a porta da creche e, sem perceber, pisou na cobra, que reagiu e a picou no dedão do pé. Como estava de chinelo, o veneno se espalhou rapidamente. Sem saber como agir, a mulher tentou se defender com britas e com a bicicleta, mas, sem sucesso, acabou mordendo a serpente. Após o ocorrido, ela enviou um vídeo ao gestor relatando a situação e, incentivada pelo chefe, seguiu para o posto de saúde.

No caminho, já apresentava visão turva e náusea, além de uma redução na saturação e rigidez no maxilar. Precisou ser entubada, o que se tornou um desafio devido à rigidez dos músculos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para transportá-la ao hospital, onde ficou internada em estado grave. Apesar de ter recebido alta, ainda sofre com câimbras, espasmos musculares e dificuldades na fala.

Especialistas alertam sobre cuidados com cobras

O biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), explicou que a cobra-coral verdadeira possui uma das peçonhas mais fortes do Brasil, mas não é agressiva e geralmente tenta fugir quando se sente ameaçada. Segundo ele, a recomendação em situações como essa é chamar imediatamente os bombeiros ou órgãos ambientais, pois matar animais silvestres é crime.

Duwe também orienta que as pessoas fiquem atentas ao caminhar em áreas onde possam existir cobras, utilizando sempre calçados fechados e evitando mexer diretamente no animal. Ele reforça que, em caso de picada, a vítima deve procurar ajuda médica rapidamente, sem tentar medidas caseiras, como sugar o veneno ou amarrar o local afetado.

Atendimento rápido pode salvar vidas

Os especialistas reforçam a importância de buscar atendimento imediato em casos de picada de cobra, pois a demora pode agravar os sintomas e dificultar o tratamento. O recomendado é entrar em contato com os Bombeiros pelo telefone 193, com a Polícia Ambiental pelo 190 ou com o SAMU pelo 192. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) também pode ser acionado pelo número 0800 643 5252 para orientações sobre primeiros socorros.