Veja o que será feito em praia de Balneário Camboriú que teve terrenos vendidos por R$ 31,5 milhões

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul Digital

A Praia de Taquarinhas, a última faixa de litoral intocada de Balneário Camboriú (SC), teve todos os terrenos em sua orla vendidos por R$ 31,5 milhões em um leilão realizado pela Caixa Econômica Federal. A área, que integra a APA Costa Brava, será desenvolvida com foco na conservação ambiental e turismo ecológico pela empresa compradora, a Biopark Gestão Sustentável.

Projeto de parque de observação e trilhas ecológicas

Marcos Gracher, empresário responsável pela Biopark Gestão Sustentável, anunciou propostas para a criação de um parque de observação de aves, inspirado no famoso Parque das Aves de Foz do Iguaçu (PR). Com foco na preservação ambiental, o projeto pretende oferecer um espaço de acesso controlado para moradores e turistas, minimizando o impacto no ecossistema local. A ideia inclui a construção de trilhas ecológicas e áreas de observação, em uma área de cerca de 600 mil m² (excluindo a faixa de areia). O projeto, que está em fase de planejamento e pesquisas em parques ambientais do Brasil e de outros países, deve ser detalhado até 2025.

Taquarinhas: um refúgio natural em meio ao crescimento urbano

Taquarinhas contrasta com a movimentada Praia Central de Balneário Camboriú, conhecida por seus arranha-céus e pelo alargamento da faixa de areia para receber milhares de visitantes. Em Taquarinhas, a paisagem é marcada por ondas fortes, piscinas naturais e uma densa vegetação, sendo um ponto de encontro para aqueles que buscam tranquilidade e contato direto com a natureza.

“A cidade comporta esse tipo de atração, um parque integrado à natureza”, destacou Gracher, enfatizando a importância de iniciativas que preservem o meio ambiente em um município cada vez mais urbanizado.

Restrições e preservação da APA Costa Brava

Desde 2019, a APA Costa Brava é reconhecida por um decreto municipal como uma área de Proteção Integral, restringindo a ocupação humana permanente e permitindo apenas usos como educação ambiental, turismo ecológico e pesquisa científica. Isso assegura que o novo projeto respeitará as normas ambientais e oferecerá um uso sustentável dos recursos.