O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta quarta-feira (2) como serão calculadas as “tarifas recíprocas” que pretende impor a produtos importados a partir de abril. A promessa de Trump era cobrar dos países que taxam produtos norte-americanos pelo menos metade da alíquota cobrada dos EUA. No entanto, o cálculo apresentado não se baseia diretamente nessas taxas, mas sim no déficit comercial dos EUA com cada nação.
Como funciona o cálculo das tarifas
A fórmula utilizada pelo governo norte-americano leva em conta o saldo comercial entre os EUA e seus parceiros:
O total de exportações de um país para os EUA (xi) é subtraído das importações feitas pelos EUA desse país (mi), resultando no superávit comercial dessa nação em relação aos EUA.
O valor obtido é então dividido pelo total de importações (mi), chegando a um percentual que, segundo Trump, representa a tarifa imposta aos EUA.
A tarifa recíproca aplicada pelos EUA será metade desse percentual.
No caso da China, que possui um déficit comercial de US$ 295,4 bilhões com os EUA, a tarifa recíproca foi calculada em 34%.
Taxa mínima será aplicada mesmo sem déficit comercial
Além de calcular tarifas com base no déficit, o governo americano estabeleceu uma taxa mínima de 10%, aplicada inclusive a países com os quais os EUA não possuem déficit comercial. O Brasil, por exemplo, será afetado por essa medida.
Trump justifica fórmula e afirma que é “gentil” com outros países
Trump justificou a divisão do percentual pela metade alegando que os EUA são “muito gentis” e, por isso, estão aplicando um desconto sobre o valor final da tarifa.
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