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Terreno de hotel de luxo em Itapirubá Sul vai a leilão por R$ 54 milhões

O terreno e os restos da estrutura física de um dos mais tradicionais e luxuosos hotéis da região Sul de Santa Catarina, desativado em 2009, vai ser leiloado nos próximos dias. O Hotel Itapirubá, um luxuoso equipamento de turismo, inaugurado em 1978, construído à beira mar, no balneário de Itapirubá Sul, em Laguna, no Sul de Santa Catarina, vai a leilão no final deste mês. A venda pelo melhor lance é organizada pela Schmitz Leiloeiros Oficiais. O lance inicial é de R$ 54 milhões.

O resort tem uma área total de 49 mil metros quadrados. No auge da operação, eram 15 mil metros quadrados de área construída. O empreendimento foi implantado como o maior hotel de praia de todo o Estado de Santa Catarina. Ícone do luxo e do requinte em todo o Litoral catarinense e foi desativado em 2009. Nos momentos áureos, o hotel colocou à disposição de turistas, mais de 213 apartamentos, lobby, salas de jogos, salas de reuniões, garagem, piscinas, quadra de tênis, escritórios, bares e boates.

Itapirubá é um balneário que fica na divisa dos municípios de Laguna (ao Sul) e Imbituba, após o costão Norte. Fica a aproximadamente 90 quilômetros de Florianópolis, a capital catarinense. O leilão está agendado para o próximo dia 30 de novembro. Quem adquirir a área no leilão, vai poder construir, reformar ou permutar, tanto a estrutura quanto o terreno, já que a estrutura, bastante desgastada pelo tempo e pelas condições à beira-mar,  também pode ser demolida ou transformada em um loteamento. Caso não haja compradores no primeiro leilão, haverá uma segunda sessão de arremates no dia 4 de dezembro, quando o valor inicial será reduzido em cerca de 10%, ficando em algo em torno de R$ 50 milhões.

O Hotel Itapirubá foi construído pelo Grupo Battistela – importante grupo industrial catarinense, com mais de 70 anos de história -, e acabou sendo tomado pelo Banco Sudameris para quitação de uma dívida. Em 2002, o ex-proprietário do Hotel Fazenda Jomar, Orlando Becker, adquiriu o Itapirubá e reformou inteiramente. Em janeiro de 2004, foi vendido para Eid Walesko Araújo, um ex-funcionário da Rede Globo. Aí começou a parte verdadeiramente espetacular da história. Sem experiência em hotelaria, o novo dono tratou de turbinar o hotel, contratou executivos, empregados e inchou a folha de tal maneira que em sete meses foi à falência.

De lá para cá, a estrutura foi completamente desqualificada, com sucessivos roubos de metais, louças, portas, esquadrias e todos os equipamentos e mobiliários. São 20 anos de completo abandono.

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