Agora 100% Digit@l

Sem sombra de dúvida a década de 1450 ficou marcada na história pela criação da prensa de tipos móveis ou mais conhecida como ‘Prensa de Gutenberg’, a partir da qual os livros que até então eram ‘escritos’ e ‘copiados’ a mão, passaram a ser impressos em massa, criando uma verdadeira revolução no Velho Continente, pois permitiram que os livros deixassem de ser exclusividade do clero e da nobreza.

O funcionamento da prensa era bastante simples, cada página era montada manualmente organizando centenas de tipos metálicos (letras ou símbolos) que formavam palavras / frases, e assim sucedia-se de linha em linha até formar uma página inteira. Posteriormente, o relevo dos tipos era pintado e então a placa era movida e prensada contra uma superfície lisa e entre eles era colocado o papel ou o pergaminho. A impressão ocorria semelhante ao ‘efeito carimbo’, uma vez que a tinta era transferida para a superfície do papel, a placa era removida e estava impressa a página. Aprovava-se a impressão de teste e assim poderia ser replicada milhares de outras páginas com a mesma ‘forma’ a um custo muito baixo e com uma velocidade muito rápida.

A primeira obra impressa por Johannes Gutenberg foi a Bíblia, com aproximadamente 300 cópias e 641 páginas impressas com estilo de escrita gótica e demorou aproximadamente 5 anos.  A técnica avançou rapidamente e estima-se que até no ano de 1500 já haviam sido impressos mais de 15 milhões de livros em toda a Europa.

Já a imprensa periódica começa a surgir nos primeiros anos do século XVII, as quais eram semanais, quinzenais, mensais ou mesmo irregulares. Foi somente em 1650 que surgiu o primeiro jornal impresso diário do mundo na cidade de Leipzig na atual Alemanha e em 1655 a primeira revista com estilo de almanaque na França. Já no Novo Mundo foi nos primeiros anos do séculos XVIII, que surgiu o primeiro jornal nas colônias Britânicas. No Brasil somente após a chegada da corte Portuguesa, já no século XIX é que começa a circulação dos periódicos nas terras ‘tupiniquim’.

Desde então, nos últimos 4 séculos a impressa escrita passou a ter grande relevância na vida das pessoas uma vez que se tornou o meio oficial de distribuição de conteúdo e de notícias em todo o mundo.  É bem verdade que na maioria das vezes foi utilizada para o bem, mas em alguns momentos foi um veículo nas mãos de pessoas mal-intencionadas. 

Essa mesma imprensa passou por algumas provações e conseguiu sair praticamente ilesa nestas ocasiões das quais podemos destacar pelo menos duas: 1) a invenção do rádio em 1896 pelo físico e inventor italiano Guglielmo Marconi, capaz de fazer comunicações a longíssimas distâncias e também, 2) da invenção da televisão entre das décadas de 1920/30, a qual se popularizou a partir da década de 1930, e fez a primeira transmissão colorida em 1954 pela rede norte-americana NBC.

Ambas mídias (rádio e TV) possuem um grande diferencial em relação ao jornal impresso que é a capacidade de transmitir as notícias e eventos em tempo real, ou seja, simultaneamente a ocorrência do evento. Essa característica fez muitos pensarem que seria o fim dos jornais impressos, pois bastaria ligar o aparelho eletrônico e ouvir e/ou ver as notícias.

Mas a verdade é que não é bem assim, pois salvo exceções, há uma grade de programação e as emissoras ficam presas a elas, e deste modo, caso o rádio ouvinte ou telespectador não estivesse no ‘lugar certo e hora marcada’ perderia os fatos, e inevitavelmente seria necessário recorrer aos jornais impressos no dia seguinte para poder se manter informado. Sem contar que muitos conteúdos e notícias, indicadores e análises mais detalhadas só estariam disponíveis neste veículo de comunicação. Ou seja, o rádio e a televisão não ameaçaram a mídia impressa.

Porém, a criação da internet no final do século XX e sua popularização no início do 3º milênio, trouxe consigo, a junção do impresso, áudio e vídeo em uma nova plataforma de distribuição de conteúdo, que é a ‘Digital’, e esta sim, tem exigido adaptações muito mais profunda de todos os meios de comunicação existentes e até então ‘reinantes’ absolutos. Podemos perceber aqui no Brasil um emissora de TV que definitivamente ‘ditava’ o comportamento dos Brasileiros frente a muitas ocasiões, e que hoje está em crise financeira.

O grande motivo para estas drásticas mudanças é o fato que especialmente a partir da última década, nós consumidores passamos a determinar o que vamos consumir, pois a tecnologia permitiu que com apenas alguns clique possamos ter acesso na hora que quisermos, estejamos onde estiver, ao conteúdo desejado e com a linha editorial que mais nos agradar.

Deste modo, tornou-se comum ouvir alguém bradando que será o fim dos jornais, da TV e do rádio. Particularmente acredito que sim, mas somente em partes. Explico melhor: certamente será o fim daqueles veículos que se mantiverem presos a ideia da ‘mídia tradicional’ que presenciamos nos últimos anos do século XX. Mas por outro lado, será exitoso para aqueles que enxergarem esta ‘mudança de era’ como um ‘novo mundo’, e consigo um ‘mundo de novas oportunidades’.

E assim está sendo com este jornal, o Notisul, que há décadas vem informando e formando opiniões em toda a Amurel, e ao longo dos seus anos de existência vem acompanhando as mudanças tecnológicas e trazendo elas mais próximas para nossa realidade local. Neste sentido, já há algum tempo foi lançado o Portal Notisul (notisul.com.br) que complementa a edição impressa com notícias em tempo real, e mais recentemente os canais de distribuição de notícias pelo WhatsApp e também pelo Telegram. E o próximo grande passo será a completa substituição da mídia impressa pela digital, que ocorrerá a partir do próximo mês.

Assim, faço a minha despedida desta coluna em meio impresso e lhe convido a continuar nos acompanhando nos meios digitais que são:  bit.ly/fernandopitt (link direto para esta coluna no Jornal Notisul); @prof.fernandopitt  no instagram e facebook, opte também por receber as notícias do Portal Notisul diretamente no seu celular entrando no grupo do WhatsApp, ou pelo Telgram (https://t.me/notisul), ou ainda no instagram @notisul, facebook @jornal.notisul, twitter https://twitter.com/jornalnotisul, tão como diretamente no Portal Notisul em https://notisul.com.br/.