WhatsApp – Boas maneiras de uso

O texto da última semana rendeu várias manifestações de concordância, e umas tantas de reprovação. Só para relembrar nossos leitores, escrevemos sucintamente sobre a necessidade de nos controlarmos no uso dos mensageiros instantâneos, em especial o mais conhecido de todos que é o WhatsApp. Isso por que eles nos acompanham praticamente 24h por dia, e em qualquer lugar, tanto que parece que virou uma obrigação responder as mensagens assim que elas chegam, além de ter que interagir em todos os grupos que participamos. Muitos destes leitores sugeriram que déssemos continuidade ao tema e descrevêssemos algumas “boas maneiras” do uso principalmente no que tange a sua aplicação no meio profissional.
Antes de mais nada, vale ressaltar que nas mensagens individuais entre usuários, e também nos grupos sociais (família e/ou amigos), o que vale são as regras definidas pelo grupo, tanto na forma quanto no conteúdo das mensagens (claro, desde que estas mensagens e imagens não transgridam nenhuma lei vigente).

Para entender como chegamos até aqui, precisamos voltar praticamente no início da história da internet, pois os primeiros mensageiros surgiram ainda no final dos anos 1980. Um dos mais famosos daquela época foi o IRC – Instante Relay Chat (provavelmente você irá lembrar do mIRC), depois veio o ICQ, Windows Live Messenger, Skype (existente ainda hoje), entre muitos outros. Claro, sem esquecer dos famosos chats dos provedores como “Terra” e “UOL” onde as salas eram criadas por alinhamento temáticos. Porém, todos estes aplicativos até então eram acessados exclusivamente por meio de um computador conectado à internet. Com o surgimento dos SmartPhones novos mensageiros foram lançados especialmente para rodar nos nossos telefones, e estarem disponíveis “instantaneamente” em qualquer lugar e em qualquer tempo, bastando ter uma conexão wifi ou 3G/4G. O mais popular no Brasil atualmente é WhatsApp, que foi lançado em novembro de 2009, e estima-se que tenha mais de 1,5 bilhões de usuários no mundo e mais de 120 milhões só no Brasil.

E é essa facilidade de uso alinhado com a portabilidade e popularidade que o tornam tão necessário no nosso dia-a-dia, mas também nocivo e por vezes “muito chato!”. Então, se liga nas dicas abaixo para tirar o máximo de proveito dele sem se tornar o “chato do WhatsApp”.

• Evite de ficar criando “grupos” para qualquer assunto. Se o fizer, considere apagá-lo ao término do evento;

• Alguém te adicionou no grupo, e se sair pode não “pegar bem”? Então, considere silenciá-lo;

• Alguém saiu do grupo de você criou? Evite adicionar novamente a pessoa (além do WhatsApp bloquear) também pode não “pegar bem”. Se realmente se fizer necessário a participação do outro, envie uma mensagem no “privado” explicando o motivo;

• Ao criar novos grupos, se possível, considere adicionar as pessoas por convite, e não diretamente;

• Por mais prático que seja, evite mandar áudios. Se o fizer, seja breve e direto no assunto. Se o tema precisar de muita explicação, então considere fazer uma ligação (pode ser gratuita pelo próprio APP);

• Ao receber áudios, não os ouça em viva voz se estiver em grupo, opte pelo fone de ouvido. Outra maneira é levar o telefone imediatamente ao ouvido quando iniciar a reprodução (como se fosse atender uma ligação), assim o som será alternado do alto-falante externo para o interno;

• Vai mandar fotos nos grupos da empresa? Considere enviar o mínimo possível e só aquelas que realmente são necessárias. Nunca compartilhe fotos comprometedoras e muito menos de acidentes ou de tragédias;

• Você está num grupo onde foi postado um assunto relevante? Então considere parabenizar quem o fez no “privado”. Evite ao máximo utilizar os “emojis” como reação (palminha, joinha, beijinho, carinhas de sorriso ou tristeza, etc);

• Alguém postou uma mensagem no grupo e você não concorda com ela? Se quiser partir para discussão, novamente sugiro que o faça no “privado”, pois o propósito de um grupo profissional não é para ser um “ringue de bate boca”;

• Sempre escreva seus textos em “caixa baixa”, pois se utilizar o “caps lock” (letra maiúscula) indicará que você está “gritando”;
• Precisa uma resposta imediata? Talvez o melhor seja ligar em vez de mandar uma mensagem;

Silencie seu WhatsApp

Mesmo incomodado você não “pode” sair dos grupos profissionais? Então segue algumas dicas para minimizar seus impactos:

• Silencie os grupos. Você continuará recebendo as mensagens normalmente, porém, não será mais notificado a cada nova mensagem;

• Desligue as notificações. Todas as mensagens chegarão normalmente, mas você não será mais notificado de nenhuma, seja de conhecidos ou de grupos;

• Crie dois WhatsApps, um pessoal e outro profissional. Com o lançamento do WhatsApp Business é possível ter até dois simultaneamente em seu telefone. Deixe um para uso pessoal e outro profissional (este inclusive com possiblidade de configurar mensagens automáticas);

• Para economizar o uso de dados, configure para fazer o download de mídias somente quando estiver conectado em redes wifi;

Dicas de Segurança Por fim, algumas dicas de segurança:

• Nunca, JAMAIS! Compartilhe o código de ativação. Este é o principal modo de “roubar” sua conta. Se receber uma mensagem com o código de ativação, e alguém ligar ou escrever pedindo este código, independente da desculpa, este interlocutor estará querendo “roubar” sua conta;

• Considere ativar a “Confirmação em duas etapas”, ou seja, mesmo que alguém tente “roubar” sua conta, ainda assim será necessário digitar um “PIN” que só você saberá (não perca o mesmo, senão nunca mais poderá transferir sua conta para outro aparelho).

Este é um assunto que poderia render muitos textos ainda, mas acredito que esta breve abordagem já sirva para instigar uma reflexão quanto ao nosso uso destes maravilhosos e úteis mensageiros instantâneos.

Use, mas não abuse!
Leia outros textos desta coluna em http://bit.ly/fernandopitt.