A escolha do “futuro”

Foto: Divulgação/Notisul
Foto: Divulgação/Notisul

Nos dias 4 e 11 de novembro, mais de cinco milhões de jovens Brasileiros fazem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Em Santa Catarina foram 125.360 inscritos. O Enem é uma prova aplicada desde 1998 com o intuito de avaliar a qualidade do Ensino Médio no País (escolas e estudantes), e passou também a ser utilizada para selecionar novos alunos para o ingresso no Ensino Superior desde 1999 nas principais Instituições Federais e Particulares em todo Brasil por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Neste ano, o primeiro dia de prova foi dedicado a linguagens e, no próximo domingo, será a vez das provas na área das tecnologias. Embora o próprio exame e principalmente os temas das questões e da redação por vezes sejam polêmicos, a verdade é que hoje ele está presente no calendário das universidades, escolas e principalmente dos jovens e suas famílias. E são estes jovens que mais sofrem nesta época do ano pois se veem frente a necessidade de tomar uma das decisões mais importante para suas vidas, que é a escolha de uma profissão, a qual imaginam que norteará sua futura carreira profissional.

Ocorre que muitos decidem por impulso ou por influência, e alguns milhares até começam um curso superior mas desistem alegando não terem se identificado com o mesmo, ou o que é pior, outros tantos vão até o fim e se formam, e só então, se dão conta que não é “isto que querem para suas vidas”. Sem contar o alto investimento financeiro necessário para chegar até este ponto de virada, há outro praticamente imensurável que é o tempo “desperdiçado” neste percurso.

Como vivemos um tempo “fluído” e de grande instabilidade em que tudo está mudando muito rapidamente, devemos procurar ser os mais assertivos possível em todas as etapas da nossa vida, e nos preparar para mudar não só de emprego, mas também de profissão diversas vezes ao longo de nossa vida produtiva. E uma vez que para fazer o Enem ou mesmos os quase extintos vestibulares são necessárias milhares de horas de dedicação em estudos específicos para as provas, que por vezes nunca mais serão acessados uma vez logrado êxito no ingresso a uma universidade, devemos nos perguntar se realmente esta é a melhor opção no momento.

Não estou sugerindo para não fazer um curso superior, mas sim, avaliar qual o melhor tempo para isso. Pois para muitos um bom curso técnico e a atualização constante por meio de cursos de curta duração poderá ser o suficiente, já para outros tantos não bastará uma graduação, serão necessárias outras formações como pós-graduação (várias), mestrado e doutorado. E aqui não é uma questão de quem vai “ganhar mais ou menos”, pois ambas as formações podem nos permitir uma ótima rentabilidade, e sim, como melhor podemos contribuir para a sociedade e também satisfazer nossos anseios. A única regra que não vale, é ficar sem estudar.

Se há 20 ano eram poucas as opções existentes, e se resumiam a concluir o ensino médio e começar a trabalhar ou então escolher uma faculdade, hoje as opções são inúmeras e vão desde a oferta maciça de cursos de graduação presenciais ou a distância, formações específicas em determinadas áreas por meio de plataformas digitais, e ainda, muitas opções de cursos técnicos disponíveis em todas as regiões do estado.

Assim, uma excelente opção de itinerário formativo e também para “ganhar tempo”, é fazer o Ensino Médio concomitantemente a um Curso Técnico, pois além de permitir “testar” a nova profissão, também permitirá a sua inserção no mercado de trabalho muito mais cedo. Por uma questão cultural no Brasil menos de 8% dos estudantes do ensino médio cursam um técnico simultaneamente, enquanto na Europa é mais de 50%.

Quer conhecer um pouco mais sobre as opções de formações técnicas e como alavancar sua carreira? Aproveite a oportunidade de visitar o Mundo Senai hoje e amanhã, evento que ocorre em todas as escolas Senai do Brasil.

Leia outros textos desta coluna em: http://bit.ly/fernandopitt.