A Polícia Civil cumpre oito mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (15) em uma operação que investiga um golpe de falso investimento em criptomoedas. A investigação começou após uma idosa de Lages, em Santa Catarina, denunciar que investiu R$ 90 mil em bitcoins e não recebeu nenhum lucro. Os suspeitos movimentaram mais de R$ 900 milhões nos últimos anos.
Mandados cumpridos em quatro estados
A operação abrangeu diversas cidades em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os locais dos mandados incluem:
- Santa Catarina: Lages e Otacílio Costa
- Paraná: Paranavaí
- São Paulo: Diadema
- Mato Grosso do Sul: Campo Grande
Apreensão de documentos e equipamentos
Durante a operação, foram apreendidos documentos, aparelhos celulares e outros equipamentos que sustentam a investigação. Segundo o delegado Leonardo Silva, da Delegacia de Defraudações, há suspeita de vítimas em outros estados além de Santa Catarina.
Posicionamento da Onil Group
Diante da repercussão da publicação desta reportagem, a Onil Group enviou nota de esclarecimento e posicionamento ao Portal Notisul Digital. Diz a nota:
“A Onil Group atua no ramo de comercialização de ativos digitais, especialmente a compra e venda de criptomoedas. No processo em que houve a busca e apreensão não somos diretamente os investigados. Como a Onil opera um grande volume de transações de ativos digitais no mercado brasileiro, somos geralmente recomendados para a venda de criptomoedas.
Nossa empresa atua no mercado mundial valendo-se dos mais rígidos sistemas de compliance, atuando dentro da legislação atinente à atividade. Ainda não tivemos acesso ao procedimento criminal, mas podemos identificar que a investigação deriva da comunicação de uma vítima que alega ter perdido R$ 76.914,31 com o investimento de locação de criptomoedas por uma terceira empresa, sem qualquer participação da Onil.
Embora tenha sido alvo de uma mera busca e apreensão para melhor investigação dos fatos, não houve a prisão de nenhum membro, Diretor ou sócio das empresas. Reforçamos que a Onil não possui qualquer relação com a empresa que causou o prejuízo à vítima, ou que locou as criptomoedas da vítima, pois atua e atuou somente como a vendedora de criptomoedas.
Portanto, a Onil prestará todas as informações que possui às autoridades policiais e colaborará com as investigações para auxiliá-los na identificação dos reais responsáveis e para que a vítima seja ressarcida”.