A Suprema Corte britânica decidiu nesta quarta-feira (16) que, segundo a Lei da Igualdade do Reino Unido, o termo “mulher” deve se referir exclusivamente ao sexo biológico. A decisão unânime encerra uma disputa jurídica que mobilizou grupos ativistas e governos e pode mudar a aplicação de direitos baseados no sexo em todo o território britânico.
Corte britânica dá vitória ao grupo For Women Scotland
A decisão foi provocada por um processo do grupo ativista For Women Scotland contra o governo da Escócia. A organização argumentava que incluir mulheres trans nas proteções legais oferecidas às mulheres biológicas desvirtuava o propósito original da legislação de igualdade. A Suprema Corte concordou, afirmando que as proteções baseadas no sexo devem ser restritas às pessoas nascidas do sexo feminino.
- O julgamento teve decisão unânime dos juízes da Suprema Corte.
- O grupo escocês defende direitos exclusivos a mulheres biológicas.
- A interpretação da Lei da Igualdade foi o foco do processo.
Tribunal reforça que pessoas trans continuam protegidas pela lei
Apesar da decisão, o juiz Hodge destacou que pessoas transgênero não ficam desprotegidas. Ele reforçou que a Lei da Igualdade ainda garante salvaguardas contra discriminação de gênero e identidade de gênero. O que muda é a forma como direitos específicos, como cotas e espaços exclusivos, serão interpretados.
O objetivo, segundo a Corte, não é excluir, mas esclarecer os limites legais para garantir segurança jurídica em temas sensíveis.
Decisão impacta Escócia, Inglaterra e País de Gales
A repercussão da decisão vai além do governo escocês. Como o Reino Unido é formado por diferentes países com autonomia legislativa parcial, a determinação da Suprema Corte cria um precedente jurídico a ser seguido por tribunais da Escócia, Inglaterra e País de Gales — unificando o entendimento legal do termo “mulher”.
Analistas acreditam que a medida vai influenciar políticas públicas, legislações futuras e debates sobre equidade de gênero no país.
Governo escocês defendia direitos iguais para mulheres trans
O governo da Escócia argumentou, durante o julgamento, que mulheres trans com o Gender Recognition Certificate (GRC) deveriam ter os mesmos direitos legais das mulheres biológicas. Contudo, essa tese foi rejeitada pela Corte. A decisão representa um revés para políticas progressistas que buscavam ampliar a definição legal de mulher no Reino Unido.
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