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Senado Federal vota contra o povo gaúcho

Senado impede perdão da dívida pública gaúcha com uso dos recursos para financiar a reconstrução das cidades destruídas pelas chuvas e cheias de rios e lagos FOTO Divulgação Senador Federal Notisul Digital

O mesmo Senado Federal que aprovou a liberação de R$ 5,9 bilhões para o Fundo Partidário, que financia as eleições para cargos no executivo e no legislativo nas três esferas de poder, votou contra o perdão da dívida do Rio Grande do Sul. Mais de 450 cidades gaúchas foram destruídas ou fortemente impactadas pelas chuvas e cheias que atingem o Estado desde o dia 29 de abril.

O Senado rejeitou, por 33 votos a 30, uma tentativa de impor uma anistia à dívida do Rio Grande do Sul por três anos, em vez de suspender o pagamento do débito nesse período. A senadora Ivete da Silveira e o senador Jorge Seif não estavam em plenário para a votação. As bancadas governistas, inclusive o PT, votaram contra o perdão da dívida.

Os senadores aprovaram a proposta do governo Lula de suspensão do pagamento da dívida por 3 anos. Isso garante a aplicação de R$ 11 bilhões na reconstrução do Estado. O que os senadores não calcularam é que os R$ 11 bilhões representam pouco mais do que R$ 300 milhões por mês. Nada diante da tragédia que assola o Estado vizinho.

O Rio Grande do Sul manda para Brasília, anualmente mais de R$ 50 bilhões por ano em impostos. A iniciativa derrotada foi proposta pelo PL, principal sigla da oposição, e usou uma emenda apresentada pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Senador Hamilton Mourão FOTO Senado Federal Divulgação Notisul Digital

Novo ministério e promoção pessoal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Paulo Pimenta, como Ministro Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. O Estado gaúcho teve mais de 450 cidades impactadas pelas fortes chuvas e cheias que atingem a população e os negócios, desde 29 de abril. Pimenta, que é deputado federal, ocupava a Secretaria da Comunicação da Presidência da República, de onde foi exonerado.

FOTO Ricardo Stuckert / Presidência da República Divulgação Notisul Digital

A nomeação feita por Medida Provisória, assinada ontem, foi recebida com críticas de políticos e de importantes segmentos da população gaúcha que vê a estratégia como uso político do cargo e da tragédia que sofrem os gaúchos. O novo ministério terá 10 cargos comissionados à disposição.

 

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