[Vídeo] Procurador que agrediu colega tem prisão preventiva decretada pela Justiça

#ParaTodosVerem Na foto, a procuradora-geral de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, com o rosto sangrando devido a uma agressão sofrida por um colega de trabalho dentro da Prefeitura de Registro
A procuradora-geral de Registro, no interior de São Paulo, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi brutalmente agredida pelo colega de trabalho Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos - Foto: Redes Sociais | Reprodução

O procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, que espancou a procuradora-geral de Registro, no interior de São Paulo, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (22) e teve o salário suspenso, conforme consta no Diário Oficial do Município. O processo administrativo aberto contra ele deve resultar na exoneração do servidor público. Também nesta quarta, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) representou pela prisão preventiva do acusado e o pedido foi atendido pelo Judiciário do Estado. A medida não havia sido cumprida até o começou desta noite. O MPSP também designou os promotores de Justiça Daniel Godinho e Ronaldo Pereira Muniz, ambos com atuação na comarca de Registro, para responder pela Notícia de Fato Criminal, procedimento do órgão no qual se investiga a agressão.

#ParaTodosVerem Na foto, o procurador Demétrius Oliveira Macedo. Ao lado um corte do vídeo onde ele aparece agredindo sua chefe no ambiente de trabalho
Demétrius Oliveira Macedo foi filmado dando socos, chutes, xingando e espancando a procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros, sua chefe, dentro do ambiente de trabalho – Foto: Redes Sociais | Reprodução

Os promotores contataram a vítima para a orientar e colher os primeiros subsídios para a apuração dos fatos logo depois do episódio, que também é acompanhado pelo Núcleo de Gênero do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim). As agressões ocorreram na segunda-feira (20), por volta das 16h50min, na Prefeitura de Registro. Conforme depoimento da mulher à polícia, a agressão teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra o procurador por conta de sua postura no ambiente de trabalho. Neste mesmo dia, o agressor chegou a ser conduzido ao 1º Distrito Policial (DP) do município, mas foi liberado após um boletim de ocorrência (BO) pois, segundo a polícia, não houve flagrante dos fatos. A ação foi filmada por outra funcionária e mostra o procurador desferindo socos e chutando a colega – veja o vídeo abaixo.

Ainda em depoimento, Gabriela disse que temia o colega de trabalho. “Eu tinha medo, sim. Tinha medo de que fosse acontecer isso, mas não imaginava que fosse ser uma violência física, achava que fosse um ‘bate boca’, uma discussão”, relata a profissional. Segundo ela, Demetrius Macedo apresentava comportamento suspeito e já havia sido grosseiro com outra funcionária do setor. Gabriela informou ter enviado um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento disciplinar administrativo. Na segunda-feira (20), foi publicado em Diário Oficial a criação de uma comissão para apurar os fatos. Provavelmente, segundo ela, foi isso que desencadeou as agressões.

Segundo consta no BO, ele a agrediu primeiro com uma cotovelada na cabeça e continuou com socos no rosto. A procuradora informou também ter tentado se defender e, inclusive, recebeu ajuda de uma funcionária que foi empurrada contra a porta e bateu as costas na maçaneta. Livre para continuar as agressões, Macedo continuou dando socos e chutes mesmo com outras duas funcionárias tentando contê-lo. Também é possível ouvir no vídeo que ele ofende a procuradora várias vezes. Em determinado momento, Gabriela conseguiu ser retirada da frente do agressor. Assim que ouviram os gritos, dois funcionários do setor jurídico foram até o local e conseguiram controlar o procurador. Em seu depoimento, também na segunda-feira (20), Demétrius disse que sofria assédio moral no local de trabalho.

Fonte: Ministério Público de São Paulo, Prefeitura de Registro, Tribunal de Justiça de São Paulo e Agência Brasil
Edição: Zahyra Mattar | Notisul

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