‘Único jeito foi pular’, diz sobrevivente de incêndio em hotel em Braço do Norte

Hóspede pulou janela e desceu do 1º andar por uma árvore. Três pessoas morreram após inalarem fumaça.

Braço do Norte 

Um dos sobreviventes do incêndio em um hotel em Braço do Norte, na madrugada de domingo (30), Anderson Vitória conta como fez para se salvar. Após pular uma janela, ele usou uma árvore para sair do local.
“Era a única saída porque a escada estava tomada pelas chamas. Só tinha a escada fora do bar, mas tinha uma parede de madeira, então era a mesma coisa que não ter nada, porque também tinha pego fogo. O único jeito foi pular”, detalhou Anderson, que está internado.

Ele estava hospedado no primeiro andar do hotel. Ele contou que faltou luz enquanto assistia TV, com isso, acabou dormindo. Quando acordou, sentiu um forte cheiro de fumaça e saiu para o corredor do prédio. No caminho, viu outro homem e o puxou para pularem as janelas. Eles teriam se deslocado até a marquise e desceram por meio de uma árvore.

Além de Anderson, outras seis pessoas foram internadas. Na noite deste domingo, duas pessoas estavam hospitalizadas no Hospital Santa Terezinha, em Braço do Norte. As demais foram para hospitais em Tubarão.

Com o piso térreo em chamas, alguns dos hóspedes do Hotel Rech pularam das janelas do estabelecimento para se salvar, informaram os bombeiros. Três pessoas morreram no incêndio, todas por asfixia, segundo a guarnição da cidade.

Incêndio

O incêndio iniciou por volta das 2h30, no Centro da cidade. As chamas se propagaram até o primeiro dos cinco andares do hotel. Os demais pavimentos foram tomados por fumaça e fuligem.

“Todos morreram por asfixia, pela inalação desta fumaça. O incêndio começou no andar debaixo e foi subindo. A fumaça é que vitimou as pessoas”, conta o comandante dos bombeiros de Braço do Norte, André Correa de Araújo.

Perícia

Segundo os bombeiros, as chamas começaram em um lanchonete, no piso térreo da edificação do hotel. Entretanto, as causas do incêndio só serão identificadas após a conclusão da perícia. “A perícia vem sendo feita em conjunto pelo Corpo de Bombeiros e IGP. O laudo será em 30 dias”, explica Araújo.

Ainda de acordo com o comandate, a estrutura do prédio foi danificada, mas não corre risco de desabamento. O fogo foi cessado por volta das 4h30h. Por volta das 11h30, o trabalho de rescaldo foi concluído. IGP e as polícias Civil e Militar também trabalharam nos escombros.

Fonte: G1/SC
Foto: Janine Limas