Três integrantes de organização criminosa são presos por aplicar ‘golpe do nudez’

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Polícia de Braço do Norte, com apoio das Delegacias de São Ludgero, Gravatal e da 6ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre/RS, deram cumprimento a um mandado de busca e apreensão e três de prisões na Capital Gaúcha. A organização criminosa vinha sendo investigada há dois meses, após terem feito algumas vítimas na região de Braço do Norte.

O conhecido “golpe do nudes”, segundo a investigação, consiste na criação de perfis falsos (fakes) de garotas nas redes sociais e, a partir daí, passam a adicionar homens, na maioria das vezes de meia idade, e começam a trocar mensagens de cunho sexual com eles.

Durante as conversas, que são realizadas por bate-papo dos aplicativos e também pelo Whatsapp são trocadas fotos íntimas (nudes) entre a suposta garota e as vítimas, que são a todo tempo enganadas pelos autores do crime. Importante destacar que na abordagem da vítima a suposta garota não declara ser menor de idade, informação que surge apenas posteriormente quando é realizada a extorsão.

Já de posse da foto da vítima e das trocas de mensagens, os golpistas entram em contato e se apresentam como policial civil do Rio Grande do Sul, e informam que a menina seria menor de idade e exigem dinheiro para não realizarem a prisão da vítima. Posteriormente fazem uma “intermediação” entre a vítima e o pai da garota, solicitando mais dinheiro para pagar um tratamento para menina que teria ficado doente com a situação. Chegam a exigir dinheiro para pagar o enterro da suposta menor de idade que teria falecido em razão de depressão.

Caso a vítima não deposite a quantia em dinheiro exigida pelos criminosos, eles ameaçam expor toda a conversa aos familiares das vítimas e pessoas próximas, que, subjugados a essa situação, acabam efetivando os depósitos.

No casos investigados pela Polícia Civil de Braço do Norte, após a reunião dos elementos informativos e de provas, foi possível inferir que toda a trama partiu de uma organização criminosa situada no Município de Porto Alegre/RS, com alguns integrantes já reclusos no sistema prisional.

Diante disso, foi representado ao Poder Judiciário pela expedição dos mandados de busca e apreensão e prisão de três pessoas, os quais foram cumpridos nesta data.

Um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime de extorsão, o qual ocorre quando alguém constrange uma pessoa, mediante violência ou grave ameaça, com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, conduta com pena de 4 a 10 anos de reclusão. Os presos permanecerão a disposição da justiça.

 

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