‘Sumiço’ de dinheiro: Polícia Civil investiga o caso

Maycon Vianna
Pedras Grandes

Os correntistas da agência do Besc de Pedras Grandes procuraram na tarde de ontem explicações sobre o destino do dinheiro que estava depositado na contas poupança do banco. Cerca de 30 pessoas foram protestar em frente à agência. Ainda durante a manhã, dois auditores do Banco do Brasil de Florianópolis, que controlam as ações do Besc, estiveram na cidade e começaram a analisar as contas de todos os clientes lesados.

Na delegacia de Polícia Civil, até por volta das 16 horas, cerca de 15 pessoas registraram boletim de ocorrência. Os investigadores assumiram o caso e começam a analisar a suspeita de golpe ocorrida desde dezembro do ano passado.
A Polícia Civil começou a ouvir ontem os correntistas do Besc de Pedras Grandes. Os prejuízos atingiram grandes e pequenos investidores. O delegado Damásio Mendes Brito, de Tubarão, é o responsável pelo caso. Os funcionários do banco também devem ser ouvidos pela polícia. Estima-se que o prejuízo total aos clientes ultrapasse R$ 2 milhões.

Em casos como este, a orientação do Procon é que o correntista registre um boletim de ocorrência e mande uma carta ao banco para comunicar sobre o assunto. Depois de dez dias, se o caso não for resolvido, o cliente poderá procurar os órgãos de defesa do consumidor.

Passos de um possível golpe
Um correntista do Besc que prefere não se identificar, em contato com o Notisul ontem, explicou como supostamente o golpe pode ter ocorrido desde dezembro do ano passado. Após registrar o boletim de ocorrência, ele e outros clientes da agência de Pedras Brancas devem levar a informação para análise da Polícia Civil, que já investiga o caso. Confira abaixo:

1) Uma pessoa ligada ao banco e de confiança dos correntistas pedia o dinheiro e confirmava que faria a aplicação na conta poupança;
2) Os correntistas, confiando na palavra, entregavam o dinheiro em um envelope pessoalmente para um possível responsável e, muitas vezes, esqueciam de tirar o saldo da conta e pedir a confirmação da aplicação da quantia na conta;
3) Quando conferir o saldo, a surpresa: não estava o valor que o correntista tinha entregue para ser depositado;

4) Sem o comprovante, muitos clientes acreditam ser ‘impossível’ reaver o dinheiro supostamente depositado;
5) Os auditores do banco que analisa as contas dos correntistas não acreditam nesta hipótese, pois, mesmo aqueles que têm o extrato dos últimos três meses sofreram com a falta da dinheiro na poupança;
6) Os policiais civis responsáveis pelo caso investigam o que realmente ocorreu com o dinheiro dos correntistas e se houve ou não algum tipo de golpe por parte de ex-funcionários do Besc de Pedras Grandes.