Segurança nas praias: Verão tranqüilo tem lugar e cor corretos

Zahyra Mattar
Tubarão

O ano começou triste na Amurel quando surgiu a notícia do trágico afogamento do menino Lucas Von Frihauy, de 9 anos, em Laguna. Foi uma fatalidade. O garoto foi apenas dar um mergulho rápido no raso. Mas é nas horas mais imprevisíveis que algo assim pode ocorrer.

Em Jaguaruna, onde a segurança nas praias é feita sob o comando do Corpo de Bombeiros de Tubarão, a ordem é não dar “sorte para o azar”: trabalhar a prevenção em primeiro lugar. Dois militares e outros 24 guarda-vidas civis revezam-se para proporcionar férias seguras aos veranistas e turistas que procuram os balneários Arroio Corrente, Esplanada, Campo Bom, Camacho e Lagoa do Arroio Corrente.

Em Laguna, 16 homens por dia, entre civis e militares, complementam o reforço nos balneários do Gi, Mar Grosso, Farol de Santa Marta e Praia do Sol.
Ainda que nas praias a segurança seja mais garantida, a dica é nunca entrar no mar sem antes observar a cor da bandeira colocada pelos profissionais.
Eles conhecem o mar e onde estão as perigosas correntes marítimas e quais os melhores pontos para banho. As praias mais afastadas não são recomendadas para banho justamente porque não há postos de observação ou a quem pedir ajuda em casos de acidente.

Em Jaguaruna, o principal alerta é para a Lagoa do Arroio Corrente. O único guarda-vidas civil que atua em toda a extensão do local pode ser considerado literalmente um guerreio. No local, não existe nenhuma estrutura ou posto elevado de observação. Todo o trajeto é percorrido a pé e apenas por ele.

Também não existe a limitação por bóias, o que facilita que os banhistas entrem cada vez mais fundo na lagoa. Por dia, o guarda-vidas faz cerca de 30 atendimentos preventivos. Nos fins de semana, quando o movimento aumenta, são mais de 50. O correto seria ter pelo menos outros três homens para conseguir evitar tragédias como a do verão passado, quando mãe e filho afogaram-se a poucos metros da beira da lagoa.