Santa Catarina tem déficit de 2,5 mil policiais civis

O efetivo de policiais civis em Santa Catarina está bem abaixo do número mínimo estabelecido pelo Estado em 2009. A previsão na época era de que seriam necessários 5.997 servidores, mas hoje são 3.498 – 58% do que seria o ideal. Os dados foram divulgados pelo deputado estadual Ulisses Gabriel (PSD), que solicitou ao governo catarinense a nomeação de concursados.

De acordo com o parlamentar, que também é delegado, hoje há 1.198 aprovados em concurso público realizado em 2017. Porém, no ano passado, o Estado nomeou apenas 100, sendo que 40 decidiram não se apresentar.

“É impossível que uma cidade como Lauro Müller, que tem mais de 15 mil habitantes, tenha apenas cinco policiais civis. São três agentes policiais (dois escrivães). Um estava de férias, um na operação veraneio e sobrou apenas um para atuar na delegacia”, destacou Ulisses na tribuna da Assembleia Legislativa (Alesc) nesta quinta-feira (27).

O parlamentar também destacou que é preciso urgência no reforço para que criminosos sejam “muito bem presos”, referindo-se que é preciso uma investigação bem feita para subsidiar o Ministério Público com provas contra o acusado. Caso contrário, explica o deputado, o criminoso pode voltar às ruas.

“Sem repressão ao crime, Santa Catarina pode perder a qualidade de seus índices de segurança pública”, acrescenta.

No Ranking da Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria Integrada e Economist Intelligence Unit, Santa Catarina aparece com o melhor índice de segurança pública do país, liderando em indicadores como déficit carcerário, esclarecimento de homicídios e segurança patrimonial.

De 2011 a 2018, foram nomeados 1.540 policiais civis em Santa Catarina. Contando com a nomeação de policiais militares e servidores do Instituto-Geral e Perícias (IGP), esse número chega a 6 mil.