Rombo no Besc: Delegado pede a prisão preventiva de acusados

Maycon Vianna
Tubarão

Os três detidos suspeitos de envolvimento no caso de sumiço de dinheiro de contas-poupanças dos clientes do Besc de Pedras Grandes – o ex-gerente geral, Edílson Vieira de Souza, sua esposa e cunhado -, até 22h30min desta sexta-feira aguardavam um documento da justiça para serem liberados do Presídio Regional de Tubarão.

O delegado Marcos Ghizoni, da Central de Polícia Civil de Tubarão, responsável pelo caso, solicitou a prisão preventiva do trio, mas, como o caso foi transferido da 2ª unidade criminal do fórum de Tubarão, para a 3ª vara da Justiça Federal, em Florianópolis, o trio pode aguardar em liberdade. “A prisão preventiva será analisada por um juiz da capital. Ainda não sabemos quem ficará responsável. Como a prisão temporária terminou hoje (sexta-feira), desde a prorrogação solicitada pelo delegado responsável pelo caso, teoricamente, eles devem ser soltos”, diz um oficial de justiça.

O advogado da família de Edílson, Leandro Alfredo da Rosa, soube que o processo seria transferido para a Justiça Federal na tarde desta sexta-feira, no entanto, ele aguardava um documento chegar até o Presídio Regional de Tubarão que autorizava seus clientes serem liberados. “Edílson está internado no Hospital Nossa Senhora da Conceição com depressão. Ele ainda está sob custódia policial, mas, como expirou o prazo da prorrogação da prisão temporária, após dez dias, quando receber alta médica, ele já estará em liberdade”, diz Leandro.
O pedido da prorrogação da prisão temporária foi acatado pelo juiz Henry Júnior por acreditar que eles não estão colaborando com as investigações.

Liberado
O quarto suspeito, o ex-gerente administrativo, Márcio Martins, confessou infração criminal e por ter contribuído com as investigações da Polícia Civil ficou cinco dias preso.

Cronologia do caso Besc
• Dia 20 de março – Correntistas descobrem que o dinheiro aplicado nas contas-poupanças havia ‘desaparecido’ da agência do Besc de Pedras Grandes.
• Dia 23 de março – O caso vira notícia estadual. Os clientes do banco procuram a imprensa e a polícia.

• De 1º a 10 de abril – Auditores do BB seguem o levantamento do prejuízo, policiais civis da regional de Tubarão investigam o caso, mais de 200 clientes registram boletim de ocorrência e o Banco do Brasil começa a ressarcir clientes que comprovadamente tiveram o dinheiro retirado das contas-poupanças.
• Dia 15 de abril – Polícia prende cinco pessoas, quatro delas suspeitas (dois ex-gerentes, a esposa e a cunhada de um deles) de envolvimento no caso de sumiço de dinheiro da agência do Besc de Pedras Grandes.

• Dia 19 de abril – Márcio Martins cumpre a prisão temporária e é liberado do Presídio Regional de Tubarão. Edílson Vieira de Souza, sua esposa e cunhadas continuam presas e a prisão temporária foi prorrogada por mais cinco dias. Depois de passar mal, Edílson Vieira de Souza é internado no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
• Dia 22 de abril – Justiça nega habeas corpus para o ex-gerente da agência do Besc de Pedras Grandes, Edílson Vieira de Souza, a sua esposa e cunhada.