Rádio Patrulha: A linha de frente da PM

Zahyra Mattar
Tubarão

Sempre que um cidadão telefona para o número de emergência da Polícia Militar de Tubarão, o 190, o PM do outro lado da linha atende o chamado, tenta tranqüilizar a pessoa e pegar o maior número de informações para ajudar os rádio patrulheiros (PMs que ficam na rua) a chegarem no local da ocorrência ou a identificarem um criminoso, por exemplo. Eles são sempre os primeiros a chegar na ocorrência.
É o rosto tranqüilo dos dois policiais que compõem a patrulha que o cidadão verá e será para eles que contará o ocorrido.

O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de Tubarão, tenente-coronel Eduardo Mendes, tem a meta fixa de modificar totalmente a estrutura de setor. “Pretendo revitalizar o trabalho de rádio patrulha. A PM tem tantos setores, uma gama enorme de atividades, mas é o rádio patrulha que vai dar a resposta da Polícia Militar ao cidadão.

E este efetivo, até pela quantidade de trabalho que tem, não consegue parar muito para treinar tiro, fazer educação física, por exemplo. Eles são nossa linha de frente, literalmente, e não têm um comandante. Andam com a pior viatura do batalhão, são os mais desvalorizados e deveria ser o contrário. Vou mudar”, decreta.

O batalhão recebeu, recentemente, mais uma viatura. O veículo já está na mão da rádio patrulha. E será assim daqui para frente. Até que todos os carros sejam mudados. “Oficial usa qualquer carro. Eles precisam de veículos bons para atender o cidadão. Estou conversando com uma pessoa para que ela seja comandante da rádio patrulha. Todos os outros setores têm um comandante. Eles não. Nunca tiveram. Também já estudamos uma forma diferenciada de treinamento. Não posso com este descaso. Eles são os que mais trabalham no pesado. São 39 policiais militares abandonados aqui dentro há anos. Quero que eles saibam e sintam que têm o apoio do comando e uma porta direta para chegar ao comandante”, desabafa o tenente-coronel Eduardo.