Quase um ano e meio depois, dentista confessa ter matado companheiro

A dentista confessou ter matado o companheiro com golpes de faca

Forquilhinha

Quase um ano e meio depois, Jaqueline Duarte Amboni, de 33 anos, confessou a autoria do homicídio de Valcionir da Rosa, na época com 26 anos, morto com golpes de faca, em Forquilhinha. Depois de cometer o crime em seu apartamento, Jaqueline com o auxílio do pai enterrou o corpo da vítima em uma jazida de areia entre os municípios de Araranguá e Balneário Arroio do Silva. O caso era tratado como um desaparecimento, mas no último sábado, dia 8, Jaqueline procurou a Polícia Civil com seu advogado e confessou o crime.

A moradora de Forquilhinha que atua na cidade como dentista prestou depoimento na Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma. Com a presença do pai e do advogado, Jaqueline narrou os detalhes ocorridos no dia do crime. “Ela está muito abalada e prestou depoimento chorando muito ao relembrar os fatos. A Jaqueline não conseguia mais viver e carregar este fardo”, comenta o advogado de defesa, Alessandro Damiani.

De acordo com o advogado, Jaqueline era alvo de constantes agressões de Valcionir. Em uma das discussões, a dentista em legítima defesa conseguiu com uma faca desferir os golpes. A ossada da vítima foi encontrada no último sábado, quando pai e filha levaram a polícia até o local após a confissão do crime. O advogado trata o caso como legítima defesa. “Ela sofria muitas agressões e num momento de desespero cometeu o ato. O desejo dela é ser julgada o quanto antes e pagar pelo crime”, afirma Damiani.

De acordo com o delegado da Delegacia de Polícia de Forquilhinha, Eduardo Mendonça, como não houve flagrante, Jaqueline responderá em liberdade até o julgamento.

Investigação

Após o desaparecimento de Valcionir da Rosa, a Polícia Civil trabalhava em três linhas de investigação. A principal delas tratava Jaqueline como a responsável pelo desaparecimento.

“Nos primeiros dias em que ele estava desaparecido, um número estranho enviava mensagens para a família dizendo ser Valcionir, e afirmando que estava trabalhando no Mato Grosso do Sul e que não era para a família ir até a polícia. Após 15 dias, os familiares nos procuraram e depois das investigações descobrimos que as mensagens eram enviadas por Jaqueline”, diz o delegado.

A polícia também estudou o itinerário percorrido pela suspeita no dia do desaparecimento. “Sabíamos que ela estava diretamente ligada ao desaparecimento, mas também teríamos que descobrir quem a ajudou”, explica.

A dentista confessou ter matado Valcionir com golpes de faca e, logo em seguida, ter ido até a casa de seu pai para pedir ajuda. Os dois seguiram para a jazida de areia entre os municípios de Araranguá e Balneário Arroio do Silva, onde enterraram a vítima. Jaqueline será indiciada por homicídio e ocultação de cadáver, e seu pai será indiciado por ocultação de cadáver.

Fonte: Engeplus
Foto: Divulgação/Portal Notisul