Quadrilha é presa por tráfico e roubos

Rafael Andrade
Tubarão

O envolvimento de adolescentes no tráfico de drogas em Tubarão tornou-se rotina. Infelizmente! O caso mais recente flagrado pela polícia foi ontem. Um morador do bairro Fábio Silva, cansado de presenciar a venda e o consumo de crack, além de prostituição e exibição de armas de fogo, decidiu dar um basta.

No meio da tarde de ontem, investigadores da Central de Polícia de Tubarão receberam a ligação anônima da testemunha e decidiram conferir. “Nos deparamos com um menor de 17 anos e outro rapaz de 18 nas proximidades da ponte do Morrotes. A dupla comercilizava crack na região. Decidimos fazer incursões em suas casas e, com apoio da Polícia Militar, mais três homens, um de 20 e dois de 22 anos, foram presos”, informa o delegado Carlos Diego Araújo.

Com os dois primeiros, os policiais apreenderam 21 pedras de crack e uma pequena quantidade de maconha. Com o trio, após uma minuciosa revista em uma casa na rua Marechal Deodoro (beira-rio), no bairro Fábio Silva, os policiais militares encontraram mais 173 pedras de crack, R$ 452,00 em dinheiro em notas miúdas, um revólver cromado cano longo calibre 38, uma tesoura e material para embalar a droga.

A quadrilha foi encaminhada à Central de Polícia. “Fiquei até surpreso quando encontraram esta droga lá. Eu nem sabia desse crack aí. Me ‘juntei’ com uma menina há 15 dias e nem morava mais lá”, tentou defender-se um dos detidos.
O menor foi reconduzido à delegacia especializada e liberado. Os demais foram enquadrados por tráfico de drogas e formação de quadrilha armada. Eles foram levados ao Presídio Regional de Tubarão.

Arma cromada pode ter sido utilizada em assaltos

O revólver calibre 38 cromado cano longo apreendido com a quadrilha ontem à tarde é muito parecido com o descrito por vítimas de dois assaltos ocorridos em Tubarão esta semana – na Farmácia Avenida, no bairro Humaitá, e no Mercado Boing, no bairro Dehon. As características físicas dos detidos também batem com o que relataram vítimas. A Polícia Civil investigará a ligação dos presos com os crimes.