Próprios presos são prejudicados com a rebelião

Tatiana Dornelles
Tubarão

A rebelião no Presídio Regional de Tubarão, ocorrida no fim de semana, gerou receio e insegurança à população. A cada dia que passa, a construção do novo prédio torna-se mais necessária. O atual presídio ficou praticamente destruído e as manutenções e reformas devem levar, em média, de 25 a 30 dias para serem concluídas.

Enquanto isso não ocorre, medidas são tomadas para reestruturar tudo o que foi destruído durante o motim. “A prioridade é arrumar o presídio. Tiramos uma caçamba cheia de objetos, como barras de ferro. O local ficou completamente arrasado e agora temos que trabalhar para colocar em ordem”, conta o diretor Ricardo Welausen.

Como a meta é arrumar o que foi ‘detonado’, a vida processual dos presos está parada, ou seja, as audiências estão sendo adiadas. “A princípio, em até 15 dias, não tem como fazer audiências. Eles (os detentos) precisam, primeiro, de um lugar para permanecer. Não pensamos ainda em como proceder com os detentos que foram transferidos, uma vez que pertencem a esta comarca”, alega Ricardo.

Os presos que foram transferidos, nesta segunda-feira, para a Penitenciária de São Pedro de Alcântara estão no isolamento. A intenção de Ricardo é de não trazer os envolvidos na rebelião novamente ao presídio. “À medida que a gente conserta o lugar, traremos alguns. Investigamos os envolvidos e, provavelmente, estes não serão trazidos para cá”, explica o diretor.