Presídio Regional de Tubarão: Rastro de violência e muita destruição

Paulinho Sachetti
Tubarão

Depois de 14 horas de rebelião no Presídio Regional de Tubarão, ontem foi dia de muito trabalho para tentar colocar a ‘casa’ em ordem. Dos 218 detentos, pelo menos 54, considerados de alta periculosidade, foram transferidos para a Penitenciária de São Pedro de Alcântara, onde deverão permanecer por um bom tempo.

Cerca de 95% do espaço físico foi totalmente destruído pelos criminosos, que não hesitaram em deixar rastros de muita violência e destruição. Além de colchões queimados, grades e portas foram retorcidas pelos rebelados.

O motim só terminou pela manhã, quando a polícia conseguiu vencê-los pelo cansaço. Por volta das 21 horas de domingo, a água e a luz foram suspensas. De acordo com o atual diretor do presídio, Ricardo Dias Wenlausen, a rebelião também serviu para mostrar as falhas de segurança no sistema.

“Constatamos vários pontos em que passaremos a agir com mais rigor. Um deles é a diminuição do espaço central, onde os presos tomam o banho de sol. Outro é revezar por celas para evitar o aglomero de muitos detentos num mesmo espaço. Todas estas medidas servirão para diminuirmos as possibilidades de problemas futuros”, adiantou Ricardo, ainda muito cansado, já que não tinha dormido depois de uma noite de muitos problemas. As obras continuam por toda a semana.