Presídio de Tubarão: Revista será feita todas as semanas

Zahyra Mattar
Tubarão

Após a contenção da última rebelião, ocorrida no dia 11 de fevereiro deste ano, o Presídio Regional de Tubarão passa por reformas. Transferências de chegada de presos tornaram-se rotina por conta das obras. Para completar, novas regras foram implantadas antes mesmo das reformas serem concluídas. Foi a maneira encontrada para conter os ânimos e restabelecer a ordem. Além disso, são medidas “naturais” quando ações como a rebelião ocorrem, seja em Tubarão, seja em qualquer outra instituição penal da país.

Uma destas medidas versa sobre a revista das celas. Há pelo menos duas semanas, o procedimento é feito semanalmente a fim de barrar a entrada de drogas, celulares e outros materiais não permitidos pelo Departamento de Administração Prisional (Deap). O canil da Polícia Civil também participa das operações. “Até agora, não encontramos nada irregular entre os presos, justamente pela periodicidade”, relata o diretor do Presídio Regional de Tubarão, Ricardo Welausen.

Esta semana, 35 presos, todos ligados à última rebelião, retornaram de Florianópolis. Eles foram colocados novamente na galeria (onde ficam as celas). Este local foi o primeiro a ficar pronto e, agora, está dividido em duas unidades para evitar o planejamento de novas rebeliões, já que antes todos os presos ficavam juntos, ainda que distribuídos em celas diferentes.

O banho de sol passa a ser feito em grupos separados e em horário reduzido. Somente nos dias de visita é permitido que os familiares dos detentos de toda a galeria entrem juntos. Ainda assim, a segurança é reforçada. Na última rebelião, ocorrida justamente durante a visita, vários parentes e dois agentes carcerários foram feitos reféns.

Assim como chegaram 35 presos, outros 35, estes abrigados na área do seguro, foram levados para o 3º DP de Florianópolis. “A reforma da galeria terminou e agora é a vez do seguro. Mas, para isso, precisávamos que eles (os presos) saíssem, já que não podem ser colocados junto com os outros. Então, o 3º DP paralisou a reforma que faziam para nos ajudar. As obras devem durar em torno de dez dias”, estima Ricardo.