Polícia indicia segurança acusado de matar jovem por sufocamento em supermercado

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro indiciou, por homicídio com dolo eventual, o segurança Davi Amâncio, acusado de matar um jovem por sufocamento, no dia 15 de fevereiro, em um supermercado da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade. Agora, o inquérito será encaminhado à Justiça. O jovem Pedro Henrique Gonzaga foi morto dentro do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, depois que Amâncio o imobilizou com um mata-leão (golpe em que a pessoa sufoca a outra com uma chave de braço) e ficou sobre a vítima durante algum tempo.

A pena por homicídio com dolo eventual pode chegar a 30 anos de prisão. O outro segurança, que segurou a arma do colega e assistiu ao estrangulamento, também responderá por homicídio, porque não fez nada para impedir a morte, a despeito dos diversos alertas feitos por outras testemunhas da cena.

O segurança alegou que Pedro tentou roubar sua arma e que aplicou o golpe para se defender. Mas, para a polícia, a vítima não oferecia mais risco à integridade do segurança quando ele imobilizou o jovem. Os bombeiros foram acionados para socorrer o rapaz e informaram que ele foi reanimado e encaminhado ainda com vida para o Centro de Emergência Regional da Barra da Tijuca

A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que o jovem deu entrada na unidade já com quadro de parada cardiorrespiratória. Segundo a secretaria, o rapaz ainda foi reanimado, mas sofreu outras duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

Parentes do jovem morto afirmam que ele era doente mental e dependente químico. A família negociava tratamento médico para rapaz. Em depoimento à polícia, a mãe contou que estava no caixa quando começou a confusão. Em nota, a rede de supermercados Extra informou que repudia veemente qualquer ato de violência em suas lojas.

O texto diz ainda que a empresa abriu investigação interna sobre o caso e que os seguranças envolvidos foram imediatamente afastados. O supermercado por meio de sua assessoria acrescentou que a polícia e o socorro foram acionados imediatamente, assim como registrado boletim de ocorrência sobre o caso e de estar contribuindo com as autoridades para o aprofundamento das investigações.