Pilotos emitiram sinais de sequestro pouco antes da queda do helicóptero

Piloto Antônio Mário Franco Aguiar e o auxiliar de voo Bruno Siqueira, 20 anos | Foto Montagem/Reprodução
Piloto Antônio Mário Franco Aguiar e o auxiliar de voo Bruno Siqueira, 20 anos | Foto Montagem/Reprodução

Três das quatro vítimas da queda de um helicóptero na quinta-feira (8) no bairro Paranaguamirim, na zona Sul de Joinville, já foram identificadas. O piloto é Antônio Mário Aguiar, 57 anos. O auxiliar de voo foi identificado como Bruno Siqueira, 20 anos. Os nomes foram confirmados pela Avalon Táxi Aéreo, empresa proprietária do helicóptero. Uma das vítimas ainda não havia sido identificada na manhã desta sexta-feira. Os corpos continuavam no IML de Joinville.

Até por volta das 9h30, Daniel da Silva, de 18 anos, quarta vítima e único sobrevivente do acidente, permanecia internado sob custódia no Hospital São José. O estado dele é delicado, segundo o hospital. Daniel tem antecedentes criminais por tráfico de drogas e cumpria pena no regime semiaberto. Recentemente ele deixou o Presídio Regional de Joinville.

Segundo a Polícia Civil, o caso foi repassado à Polícia Federal (PF) que fará a investigação criminal do sequestro seguido de acidente e morte. Por volta das 10h desta sexta-feira (9), a PF estava no local do acidente fazendo o trabalho de levantamento fotográfico. A PF deve emitir durante a tarde uma nota à imprensa. Segundo informações repassadas pela empresa Avalon Táxi Aéreo, a cabine não teria gravador de voz. A equipe da Cenipa também deve ir nas próximas horas no local da queda do helicóptero.

Logo após a decolagem, os criminosos renderam o piloto, Antônio Mario Aguiar, e o obrigaram a seguir até Joinville. Nem a torre de comando da Infraero de Navegantes, nem a de Joinville foi informada do novo plano de voo do piloto, o que reforça a tese do sequestro. Além disso, Antônio conseguiu acionar um equipamento do helicóptero que envia mensagens a torre de comando da Infraero de Curitiba, em caso de sequestros. A principal hipótese é que os criminosos utilizariam a aeronave para resgatar um detento no presídio de Joinville.