Novo diretor e novas regras

Rafael Andrade
Tubarão

O atual diretor do Presídio Regional de Tubarão, Ricardo Welausen, planeja mudanças. O diretor afastado, Fabrício Buss de Medeiros, é investigado pela corregedoria do Departamento de Administração Penal (Deap) por permitir a saída de dois detentos, na última quarta-feira. O caso foi divulgado com exclusividade pelo Notisul e ganhou repercussão nacional.

Ricardo pretende mudar o local onde funcionava uma oficina de marcenaria. “A ideia da oficina é muito boa, porém, não foi bem planejada pela ex-gerência. Quinze detentos ficavam a dois metros do muro da frente da instituição durante o trabalho na oficina. Como a segurança pessoal é limitada, o perigo de fuga era evidente”, alerta Ricardo. Ele avisa que tentará adequar o local com grades e, assim, liberar para os detentos.

Além desse tipo de problema, outros detalhes foram apontados pelo diretor. “Retornei à instituição para executar o trabalho sério que eu sempre fiz. Fui indicado porque o momento era crítico, situação esta criada pelo próprio Fabrício nesse período em que estava à frente da coordenação”, declara.
Ricardo ainda destaca que possui os requisitos necessários para o cargo: “Tenho 15 anos de trabalhos prestados à segurança, tenho capacidade e conheço bem o presídio de Tubarão. Fiquei na gerência durante cinco anos”, lembra.

O outro lado…

O diretor afastado, Fabrício Buss de Medeiros, enviou uma carta ao Ministério Público de Tubarão, onde solicita o afastamento de Ricardo Welausen. Fabrício aponta, em resumo, que um dos requisitos necessários para assumir a direção é a conclusão de um curso superior.

Um dos trechos da carta de três páginas diz o seguinte: “Digno promotor, o sr. Ricardo não tem curso superior, está respondendo sindicância por irregularidades cometidas quando administrava o presídio, além de nutrir animosidade contra a pessoa do subscritor desta, que teme a possibilidade de o mesmo, estando à frente do comando do presídio, poderá sumir com documentos ou até aliciar detentos contra os agentes acusados e esta gerência”, escreveu Fabrício.