Morte na detonação de rochas: “Infelizmente, foi uma fatalidade”

Maycon Vianna
Tubarão

Acidente ou imprudência durante os trabalhos de duplicação da BR-101? A morte de Atair Alves de Andrade, 36 anos, natural de Campo Mourão, no Paraná, deixou uma dúvida no ar. Ao chegar no local, os bombeiros de Tubarão perceberam que o rapaz não possuía mais sinais de vida.
Atair faleceu por volta das 14 horas de quinta-feira, vítima de traumatismo craniano, após ser atingido por uma pedra proveniente da detonação de rochas na BR-101.

Alguns familiares questionaram se a empresa Triunfo disponibilizava todos os equipamentos de segurança necessários ao operário. “É obrigatório o uso dos equipamentos para todos os funcionários. Infelizmente, foi uma fatalidade”, declara o encarregado administrativo da Triunfo Construtora, Everton Fortunato.

A empresa, que desenvolve serviços de duplicação da rodovia no trecho de Tubarão, pronunciou-se oficialmente sobre o caso no fim da tarde desta sexta-feira. “Aguardamos o laudo da Polícia Civil e as informações do Exército. Quem emitirá os dados oficiais à imprensa, após o fim da perícia, será o Dnit”, explica o encarregado.
Everton afirma ainda que Atair era responsável por avisar os moradores sobre a detonação de rochas. “Ele conhecia todos os procedimentos. Realmente, não sabemos o que ocorreu”, afirma Everton.

O corpo de Atair foi liberado na madrugada desta sexta-feira e depois encaminhado à sua cidade natal, Campo Mourão, no interior do Paraná . Ele morava com uma enteada, um filho de 12 anos e mais um bebê filho da enteada.
Ele era funcionário cadastrado na empresa Triunfo Construtora desde 20 de agosto de 2007. Um inquérito policial foi instaurado e deverá ser concluído em 30 dias.