Moção é apresentada e público comparece

Cerca de 130 pessoas marcaram presença na sessão e muitas ficaram de pé e do lado de fora
Cerca de 130 pessoas marcaram presença na sessão e muitas ficaram de pé e do lado de fora

 

Mirna Graciela
Imaruí
 
Uma moção de repúdio ao prefeito de Imaruí, Amarildo Matos de Souza, foi apresentada segunda-feira à noite, na câmara de vereadores, por não ter havido um debate com a população sobre a possível instalação de parte do Complexo Prisional.
 
Cerca de 130 pessoas lotaram a tribuna para ouvir a posição dos vereadores, pedir apoio e sensibilizá-los a conversar com o prefeito para agendar uma audiência pública.  
 
Cinco dos nove vereadores votaram contra a proposta apresentada pelos vereadores Vanderlei Cunha e Elina Vieira Roussenq. Um não compareceu. O presidente do legislativo, Gilson Manoel Rosa, é a favor da construção da unidade.
 
No momento da votação, ocorreram vaias, algumas pessoas saíram e, em vários momentos, o presidente parou a sessão e disse que retiraria as pessoas do local caso continuassem a fazer barulho. 
 
Os policiais militares foram solicitados pelo presidente da casa para acompanhar os trabalhos, o que desagradou a muitos. “Fizemos um ato pacífico na sexta-feira, eu respeito os policiais, mas não tinha necessidade de tantos. Ninguém é bandido, bandidos são os que virão com a penitenciária”, queixou-se a vereadora Elina. 
 
No fim da sessão, muitos moradores aguardaram do lado de fora. Os que votaram contra a moção disseram que não iriam se manifestar. Cada um que saía era vaiado pela população. O presidente foi escoltado por cinco policiais até o carro.   
 
Uma outra reunião foi programada para definir as próximas ações e uma possível manifestação ainda esta semana.
 
 
Prefeito justifica que a unidade trará emprego e renda
O município de Imaruí foi o único do estado que enviou proposta formal ao governo estadual com a intenção de receber o Complexo Prisional. Outras cidades expressaram a vontade, como Capão Alto e São José do Cerrito, na região serrana.
 
Já Palhoça recusou. Uma das vantagens é o recebimento de recursos e a chegada de empresas para trabalhar em parceira. Outros benefícios foram listados no ofício encaminhado pelo prefeito Amarildo Matos de Souza, como geração de emprego e renda. 
 
O prefeito afirma que somente se manifestará depois que a decisão for oficial. Daí sim dará início a um acordo com a comunidade e o estado. E que tudo será analisado.
 
O Complexo Prisional abrigará duas penitenciárias masculinas, um presídio masculino e outro feminino, um hospital de custódia e quatro unidades semiabertas masculinas. 
 
Cogita-se agora desmembrar o complexo. Desta forma, parte viria para Imaruí e outra para a Grande Florianópolis.