Jovem confessa o assassinato de Lohana

Maycon Vianna
Tubarão

Um trabalho da Polícia Civil de Tubarão, em parceria com policiais de Armazém, nesta sexta-feira, às 16h25min, resultou na prisão de quatro jovens, dois deles menores, todos suspeitos de envolvimento com o assassinato da pequena Lohana Gonçalves de Oliveira, de um ano e 11 meses. A criança foi morta no dia 27 de julho, quando havia saído de carro com o pai, Renato Corrêa de Oliveira, para ir a uma locadora de DVD. Ela levou um tiro na cabeça.

Os investigadores da Polícia Civil já tinham indícios que apontavam para estes mesmos suspeitos. Eles estavam escondidos em uma casa em Armazém.
Os policiais descobriram o paradeiro do quarteto através de denúncias. Entre eles, um jovem de 18 anos, que confessou à polícia ser o autor do disparo em depoimento da Central de Polícia Civil.

Eles não reagiram à prisão e não foram encontradas armas.
Segunda-feira, a polícia colherá depoimentos de seis dos suspeitos de ter envolvimento com outros homicídios ocorridos na cidade (foram cinco só este ano, em menos de dois meses).

‘Operação Tubarão 121’ segue
A ‘Operação Tubarão 121’, iniciada na última quarta-feira, com a prisão de nove suspeitos no primeiro dia, seguirá até o desfecho de todos os casos. O coordenador das investigações, delegado regional da Polícia Civil, Renato Poeta, acredita que em breve os policiais terão informações fundamentais para desvendar o envolvimento dos suspeitos nos assassinatos.

“É um trabalho minucioso, requer muita investigação. A polícia já tem os suspeitos e algumas provas em mãos. Agora, é dar tempo para ligarmos os fatos e chegarmos aos criminosos”, revela Poeta.
As investigações mais avançadas até o momento envolvem o primeiro suspeito preso, de 22 anos, detido junto com um menor no dia 31 de julho (horas após o assassinato de Fabiano Francisco da Silva, 29 anos, no Morro do Bem Bom, bairro São João).

Uma vizinha do rapaz de 22 anos, que reside no bairro Morrotes, conta que jamais desconfiava que o jovem tinha envolvimento com o mundo do crime. “Nunca percebemos nada de anormal. O que chamava a atenção é que eles não saíam de casa antes do meio-dia. Só via pouca movimentação à tarde. Não tínhamos contato e eles não faziam questão de se relacionar com o restante dos vizinhos”, relata a moradora.