Investigação dos homicídios: Suspeitos podem ser de fora

Maycon Vianna
Tubarão

O trabalho de investigação dos policiais sobre os últimos dois assassinatos ocorridos em Tubarão segue com novidades. Testemunhos e provas dos crimes (incluindo exame de balística) são analisados pela equipe da Polícia Civil, comandada pelo delegado Marcos Ghizoni. Suspeita-se que os assassinatos sejam de fora da cidade. “Provavelmente, até a próxima semana, deveremos ouvir os principais suspeitos. No trabalho investigativo, é cedo adiantar alguma coisa à imprensa, então, é melhor garantir o sigilo para não atrapalhar”, revela Marcos.

Moradores dos becos do Quilinho (bairro Morrotes) e da Valdete (bairro Fábio Silva) confirmam que estão assustados com a possibilidade de novos homicídios. “Dizem que existe uma lista e mais gente morrerá. A qualquer barulho estranho, pensamos que é tiroteio. A população está apreensiva, porque podem ocorrer novas mortes. Até prenderem os acusados, não teremos sossego”, relata Gabriel Gotti, morador do bairro Fábio Silva.
Já a aposentada Edilene Barros Almeida Castro, do Morrotes, detalha os momentos de pavor vividos nos últimos dias. “Após as 23 horas, é dado o recado para recolher. Caso alguém fique pelas ruas, pode sobrar bala para inocente. É arriscado, não temos mais paz”, lamenta.

Os principais indícios apontam que duas traficantes de Laguna sejam suspeitas do crime. Eles buscam dominar as principais bocas de fumo da cidade. “O tráfego movimenta muito dinheiro. Uma pedra de crack custa cerca de R$ 5,00. Então, locais de intensa movimentação de drogas podem girar por semana cerca de R$ 40 mil”, destaca o major Giovani Livramento, do 5º Batalhão da Polícia Militar de Tubarão.