Homicídios: Seis seguem sob investigação

Tubarão

Como se fosse um quebra-cabeça. Dos nove homicídios registrados este ano, em Tubarão, cinco seguem sob investigação. Quatro foram elucidados. O único homicídio registrado em Pedras Grandes no ano passado também segue sem respostas. Os fatos são analisados pela jurisdição da Central de Operações Policiais (COP) de Tubarão. O delegado Marcos Ghizoni coordena os inquéritos, auxiliado pelo delegado Bruno Ricardo Vaz Marinho.

A última morte em Tubarão levantou muitas dúvidas e fez aumentar a hipótese da Polícia Civil de que há uma ligação envolvendo três assassinatos: o de Bento de Souza, 56 anos, Euclides Cardoso Júnior, 37, e Cláudio Virgínio Silveira, o Coquinho, 31.

Os dois primeiros eram sócios-proprietários da empresa JF Guinchos, de Tubarão. Cláudio, morto na última quinta-feira, era um ex-funcionário da empresa. Em todos os casos, o assassino utilizou uma pistola e fugiu sem deixar pistas.
“Há hipóteses nestes casos. Como eram sócios e um ex-funcionário da mesma empresa, desconfiamos que estes casos possam ter alguma ligação. É, no mínimo, estranho e uma grande coincidência”, informa o investigador Walker Mendes Cardoso.

Bento foi executado com 11 tiros, no dia 13 de novembro do ano passado, em Pedras Grandes. Antes, foi sequestrado em seu apartamento, em Laguna, e levado para o bairro Madre, em Tubarão, onde a polícia encontrou a sua caminhonete.
Euclides morreu no dia 19 de fevereiro, após ser alvejado por seis tiros, no bairro Revoredo, em Tubarão. Coquinho foi alvejado com oito disparos, no bairro Morrotes, também em Tubarão.

Outros casos sem respostas

Fabiano Cardoso, o Bica, 31 anos, ex-jogador do futebol amador tubaronense pelo time do Caeté, foi alvejado por três tiros. O crime ocorreu no dia 5 de março, na rua Pedro Souza Lima, no Morro do Caeté, bairro Oficinas. Dois homens chegaram a ficar detidos por 30 dias, acusados de matar Bica, mas foram soltos por falta de provas.

Diogene Pierre da Silva, o Dódi, 31 anos, foi executado no último dia 6, com três tiros na cabeça – na região da nuca -, em sua casa, no bairro Passo do Gado, enquanto dormia em um sofá. Ele havia levado dois tiros na noite anterior, no tornozelo e joelho, e não procurou socorro médico.

Cristiano da Silva Silvano, o Laguna, 35 anos, foi morto na noite de 16 de janeiro. Ele foi atingido por seis tiros na comunidade da Área Verde, bairro Passagem. Foi o primeiro assassinato deste ano registrado em Tubarão. Dois menores chegaram a prestar depoimento e confessaram ter matado Laguna, mas a polícia não acreditou na versão. “Os adolescentes acobertaram o verdadeiro autor”, informa um investigador.