Homicídio de empresário: “A ficha ainda não caiu”

Tubarão

O assassinato do empresário Leandro Botega, 38 anos, terça-feira à noite, no bairro Humaitá de Cima, em Tubarão, segue sob investigação da equipe da Central de Operações Policiais (COP), coordenada pelo delegado Marcos Guizoni. Enquanto o homicida não é preso, a família tenta entender o que houve.

A cena do crime indica latrocínio (roubo seguido de morte). Neste caso, conforme o Código Penal Brasileiro, se o ladrão assassino for encontrado, pode ficar ser condenado até 20 anos de reclusão em regime fechado. Neste tipo de crime, não há a necessidade de um júri popular.

Investigações e condenação à parte, a família de Leandro tenta recompor-se. Muito difícil. “Ele tinha ‘ciuminhos’ de mim e brigava comigo, mas sempre em tom de brincadeira e de um irmão protetor”, revela a irmã mais nova da família de cinco filhos do casal Lourival Botega e Luzia Marcon Botega.

“Leandro sempre foi um ótimo filho. Nunca incomodou os meus pais, pelo contrário, sempre ajudou. Era um homem muito família”, lembra Liana. Ela ainda recorda dos momentos de confraternização familiar como os churrascos de fim de semana, da rodinha de contação de piadas, das partida de futebol entre parentes e amigos, do momento paizão e maridão.

O empresário era proprietário da BR Acessórios de Peças Para Carretas e Caminhões, às margens da BR-101. Para chegar lá, ele batalhou muito. Foi frentista e operador de caixa no posto Ipirangão, no bairro Morrotes, também às margens da rodovia. Também trabalhou como ajudante nas empresas Tacovel, Calibra e Fortecalibra, todas em Tubarão. Deixou esposa e um filho de 3 anos.

Como foi o crime

O empresário Leandro Botega foi baleado com um tiro nas costas (houve outros cinco disparos, que não o atingiram), no pátio da empresa BR Acessórios Peças Para Carretas e Caminhões, no bairro Humaitá de Cima, às margens da BR-101, em Tubarão. A bala atravessou o seu peito e perfurou o pulmão. Ele teve hemorragia interna e morreu no local.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de latrocínio, já que uma bolsa de couro com o pagamento de alguns funcionários do empresário foi levada pelo(s) criminoso(s). Não há supeitos do 11º homicídio registrado em Tubarão este ano (e ainda nem fechou o primeiro semestre). Em todo o ano de 2009, dez pessoas foram assassinadas na cidade.