Garoto de 4 anos é refém do próprio pai

 

Jaguaruna
 
Por pouco, o que era para ser um passeio de pai e filho quase virou em tragédia, em Jaguaruna, segunda-feira à tarde. Um funcionário público de 42 anos manteve o garoto, de 4 anos, na mira de uma faca de cozinha, em um quarto de hotel. Ele ameaçou matá-lo e depois se suicidar. 
 
Graças à interferência da Polícia Militar e da equipe do Conselho Tutelar, tudo acabou bem. O homem foi conduzido à delegacia e, depois, ao Presídio Regional de Tubarão. A criança passa bem e permanecerá sob os cuidados da mãe, de aproximadamente 35 anos. A guarda da criança é disputada há um ano que, desde a separação do casal. 
 
Por volta das 17 horas, o acusado foi à casa da ex-mulher, no bairro Morro Bonito, e disse que levaria o filho para dar uma volta. Não era o dia de visita, mas, devido à pressão psicológica que a mulher sofria, ela permitiu.  
Como o pai do garoto demorou muito para devolvê-lo, a mãe foi à delegacia. Segundo um investigador da Polícia Civil, a mulher já não aguentava mais as ameaças constantes e temia pela integridade dos dois. Depois que a união terminou, o homem foi morar em Curitiba (PR).
 
No entanto, há um mês retornou e hospedou-se em um hotel, período em que começou a perturbar a ex com mais intensidade. O atraso para levar a criança de volta para casa (em dias não permitidos para visita) tornou-se frequente. 
 
Pai libertaria o filho do quarto somente com a entrada da mãe
O resultado foi positivo para retirar a criança do quarto, no hotel, porque os policiais aproveitaram um instante de distração do acusado, que exigia a entrada somente da ex-mulher no quarto para liberar o filho. 
Quando o homem abriu a porta para ela entrar, os policiais conseguiram abordá-lo, tirar a faca de suas mãos e resgatar o garoto. A negociação entre os policiais militares e as profissionais do Conselho Tutelar durou cerca de meia hora, pois o homem estava muito agressivo e alterado. Durante o tempo todo, dizia que acabaria com as vidas dele e do próprio filho. 
Na delegacia, a mulher solicitou uma medida protetiva, de acordo com a Lei Maria da Penha, que foi encaminhada com urgência ao fórum de Jaguaruna.