Foragido suspeito de fraude no DPVAT é preso em resort de luxo após postar localização na internet

O empresário Márcio Rodrigo Cantoni, suspeito de liderar um esquema de fraude no pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículo Automotor (DPVAT), foi preso em um resort em Minas Gerais.

Segundo a Polícia Civil, Márcio estava no distrito de Monte Verde, que fica em Camanducaia, com a namorada. O empresário estava foragido da polícia e foi detido após postar a localização na internet.

Ainda conforme a polícia, ao ser abordado, Marcio apresentou um RG em nome de outra pessoa. Pouco tempo depois, ele confessou a verdadeira identidade. Ele também disse que pagou R$ 5 mil para um policial para não ser preso em outra oportunidade.

Em maio de 2017, Cantoni e mais quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pelas fraudes. Pelo menos 500 pessoas foram vítimas do golpe em todo o Brasil, segundo a polícia.

A denúncia feita pelo MP dizia que os suspeitos formavam um grupo “que tinha como objetivo identificar e angariar vítimas de acidente de trânsito e, em seguida ingressar com ações judiciais em nome delas, por meio de procurações e documentos falsos, pedindo indenização referentes ao seguro obrigatório”.

Ainda conforme o Ministério Público, sob a liderança de Márcio Cantoni, os suspeitos “teriam se apropriado indevidamente dos valores recebidos em decorrência de indenizações, deixando de repassá-los a quem de direito, provocando prejuízos às vítimas”.

O empresário foi levado para o Presídio de Extrema, em Minas Gerais, e responde por porte de drogas, corrupção ativa e uso de documentos falsos.

A prisão foi feita no dia 27 de dezembro do ano passado, mas foi divulgada pela polícia nesta sexta-feira (3). O advogado de Cantoni não quis comentar o caso.

Seguro obrigatório

O DPVAT paga indenizações que podem chegar a R$ 13,5 mil. O pedido do seguro é gratuito e um direito de toda a vítima de acidente de trânsito no país.

A Seguradora Líder, que administra o DPVAT, informou que denuncia às autoridades todos os casos em que há suspeita de crimes. A seguradora alerta que os segurados não devem aceitar a ajuda de terceiros para conseguir o seguro obrigatório.