“Estamos todos bem”, tranquiliza tenente

Soldados tubaronenses foram treinados para atuar nas comunidades cariocas  - Foto:Vladimir Platonow-Agência Brasil/Divulgação/Notisul
Soldados tubaronenses foram treinados para atuar nas comunidades cariocas - Foto:Vladimir Platonow-Agência Brasil/Divulgação/Notisul

Kalil de Oliveira
Rio de Janeiro

Depois da notícia da morte do soldado Hélio Vieira Andrade, de Boa Vista (RR), após o ataque no complexo de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, os soldados da 31ª Companhia do Exército, em Tubarão, tranquilizaram familiares sobre a atuação na segurança das Olimpíadas. “Não podemos falar sobre as operações por motivo de segurança, mas estamos todos bem”, declarou o 1° tenente Leandro Antum Recalde Xavier, responsável pelo grupo.

Os soldados atuam em comunidades cariocas, conforme treinamento realizado no quartel e em operações especiais, inclusive na própria Maré. Já instalados, o grupo fez as primeiras incursões a partir do dia 26 de julho. Os soldados retornam a Tubarão somente após as Paralimpíadas, no fim de setembro. Recalde e outros 19 soldados tubaronenses estão hospedados próximo do Complexo Esportivo de Deodoro, na região do Realengo na Zona Oeste.

Nesta sexta-feira, a Polícia Militar de Santa Catarina emitiu uma nota oficial sobre a morte do integrante da Guarda Nacional: “Infelizmente, assim como este bravo guerreiro, muitos outros heróis brasileiros tombam na labuta diária contra a criminalidade para proteger nossos estados e nosso país”.

Na quarta-feira, o soldado Vieira chegou a ser socorrido após levar um tiro na cabeça, mas morreu no hospital no dia seguinte. Nascido em Boa Vista (RR), no dia 24 de dezembro de 1980, foi incorporado nas fileiras da Polícia Militar de Roraima no dia 2 de Janeiro de 2003.

Missão é sacerdócio, diz major
Com 20 anos de carreira, o comandante da 3ª Companhia do Exército de Tubarão, major Marcelo Sousa de Pinho, lembra do lema “profissão militar é um sacerdócio” para justificar os sacrifícios durante as missões, como a que ocorre no Rio de Janeiro. “Todos se dedicam de corpo e alma. Abrem mão de aniversário, casamento de amigos e outros compromissos. Na verdade, aqui formamos uma segunda família”, revela. Pinho atuou na segurança pessoal da Presidência da República até janeiro deste ano. Antes, entre agosto de 2010 e fevereiro de 2011, atuou no Haiti. “Formávamos a maior força militar naquele país. Dos dois mil soldados de 17 países, 810 eram brasileiros”, recordou.