Uma denúncia de insalubridade e exploração de mão de obra, feita diretamente para a Polícia civil de Caçador, no Oeste de Santa Catarina, terminou com a prisão de um empresário do agronegócio. No local, além de se confirmarem os fatos, os policiais resgataram 13 pessoas que eram mantidas em situação análoga à escravidão em uma plantação de cebola.
No grupo haviam dois adolescentes, uma delas grávida. O local onde viviam, além de insalubre, tinha pouca comida e apenas um quarto com beliches e um banheiro para ser compartilhado entre os 13 trabalhadores, vindos de várias partes do país.
O depoimento de todos eram literalmente iguais: foram contratados para trabalhar na colheita da cebola com a promessa de ganhar por produção e que teriam comida e alojamento sem custos adicionais. Porém, quando chegaram passaram a ser cobrados pela alimentação e moradia e, no final, estavam ganhando a metade do previsto.
Os policiais civis também constataram que eles eram submetidos a uma jornada exaustiva, já que trabalhavam cerca de 11 horas por dia. O dono da propriedade, localizada nas proximidades do aeroporto de Caçador, recebeu voz de prisão e foi detido em flagrante.
Todos foram conduzidos para a Delegacia de Polícia e ouvidos. Após os procedimentos legais, o empresário foi encaminhado ao Presídio Regional de Caçador e a Justiça Federal acionada para dar continuidade aos procedimentos.
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