Duas mulheres

Imbituba

Dois casos da Lei Maria da Penha chegaram à delegacia de Imbituba em apenas um dia. A exemplo do que ocorre em vários lugares, geralmente as mulheres são as vítimas, e os agressores seus companheiros ou filhos.
Uma mulher de 40 anos acionou a Polícia Militar por volta das 11h30min, pois seu companheiro, de 27 lhe deu um soco na frente de sua filha adolescente e a ameaçou de morte. A guarnição foi até a residência, no bairro Vila Nova, e conduziu o casal à delegacia.

Ele foi autuado em flagrante pelo crime de lesão corporal qualificada com relação à violência doméstica e pela Lei Maria da Penha. Em depoimento, a vítima contou que estava muito cansada, pois já havia apanhado diversas vezes. O homem foi encaminhado à Unidade Prisional Avançada (UPA)

O outro caso foi de um homem de 32 anos. Uma medida protetiva havia sido deferida pelo judiciário, para ele manter uma distância de 800 metros de sua mãe, de 53 anos. No entanto, por volta das 15 horas, o homem foi até a casa dela, no bairro Nova Brasília e, como não foi atendido, jogou uma pedra na residência.

Ele alegou à polícia que tomou a atitude porque ficou com raiva, pois a sua mãe não o deixa morar mais com ela. O homem foi preso em flagrante pelo crime de ameaça e pela Lei Maria da Penha, e encaminhado à UPA. “Homem que bate em mulher é covarde”, lamenta o delegado Carlos Diego de Araújo.
Já com relação aos filhos, segundo ele, a maior parte dos casos de agressão tem envolvimento com drogas e álcool. “Solicitei ao judiciário a internação deste homem para tratamento”, revelou o delegado.

O homem morre na rua e a mulher em casa

A cada cinco minutos, uma mulher é agredida no Brasil. Em quase 70% dos casos, quem espanca ou mata a mulher é o namorado, marido ou ex-marido. Um mapa da violência feito recentemente por estudiosos da área e revela uma clara diferença entre assassinatos de homens e mulheres. O homem morre na rua por violência e a mulher em sua casa.
Em 87 países, o Brasil é o sétimo que mais mata. São 4,4 assassinatos em cada grupo de 100 mil mulheres. O estado mais violento é o Espírito Santo, com 9,4 homicídios por 100 mil. E o que mata menos é o Piauí, com 2,6 homicídios por 100 mil mulheres.