Dinamite, fuzis e carros blindados são apreendidos em Santa Catarina

Operação tática feita pela Polícia Civil catarinense tirou armamento pesado de circulação e prendeu três homens, suspeitos de integrar uma quadrilha de assaltantes de São Paulo - Foto: Polícia Civil de Santa Catarina

Uma operação tática desencadeada pela Polícia Civil de Santa Catarina em Araquari, no norte catarinense, nesta segunda-feira (24), terminou com a apreensão de uma enorme quantidade de dinamite, três fuzis, munição e seis veículos de luxo blindados, todos com placas frias.

Tudo estava em posse de três indivíduos de São Paulo. Todos estão presos. Conforme as investigações, tudo aponta para que o trio iria possivelmente realizar um mega assalto na região de Joinville, nos mesmos moldes do assalto a banco praticado em Criciúma, em 30 novembro de 2020.

Fuzis, colete a provas de balas, grande quantidade de munição e dinamites foram encontrados em um galpão as margens da BR280, em Araquari, no Norte do Estado – Foto: Polícia Civil de Santa Catarina

A investigação foi feita por policiais civis da Divisão de Investigação Criminal (DIC/PCSC) de Joinville e a operação de apreensão e prisão foi deflagrada por volta do meio-dia. Os homens e os artefatos foram encontrados em um galpão às margens da BR-280.

Segundo o delegado de polícia da DIC/PCSC, Murillo Batalha, a suspeita é que os três acusados integrem uma organização criminosa que tenha intenção de praticar roubos no Estado.

“Estávamos monitorando uma quadrilha desde o fim de dezembro do ano passado. Pelas informações colhidas e apreensões realizadas, eles iriam fazer uma ação em alguma cidade próxima nos mesmos moldes do crime que aconteceu na cidade de Criciúma”, comparou o delegado.

As investigações prosseguem em Araquari. Polícia Civil suspeita que explosivo seria utilizado para mais um grande assalto a banco, desta vez na região de Joinville – Foto: Polícia Civil de Santa Catarina

Além dos carros, dinamites, munições e fuzis, a polícia também apreendeu uma pistola, carregadores, coletes a prova de bala e miguelitos, que objetos perfurantes em forma de cruz retorcida, feito com dois pregos grandes entrançados, usado geralmente para furar pneus de veículos. As investigações seguem em andamento.

 

Assalto ao Banco do Brasil de Criciúma segue sob investigação
Com duas investigações sigilosas em curso, dez presos e dois foragidos, o mega-assalto a tesouraria regional do Banco do Brasil em Criciúma, ocorrido há pouco mais de um ano, ainda está sob investigação. Com R$ 125 milhões levados pelos criminosos, autoridades avaliam que este foi o maior roubo da história do Estado.

Na noite do dia 30 de dezembro de 2020, cerca de 30 homens, todos com armas de grosso calibre, cercaram a área central da cidade, onde fica o banco, provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos e atiraram várias vezes. Algumas pessoas foram feitas reféns e um policial militar foi baleado. Ele segue acamado e sem falar.

Desde então, 18 pessoas respondem na Justiça pelo assalto. Dezesseis foram denunciadas em um processo criminal que apura o crime de organização criminosa. No segundo inquérito, 12 réus (dez deles já citados no primeiro) respondem pela prática de roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio.

Já há interpelações dos casos em instâncias superiores. Ninguém foi condenado, segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

1º processo: 16 pessoas respondem pelo crime de organização criminosa; quatro também foram acusadas pelo crime de uso de documento falso.
– Presos: 16 réus tiveram prisão preventiva decretada. Seis acusados receberam liberdade provisória no início de novembro do ano passado.

2º processo: 12 pessoas respondem pelos crimes de roubo qualificado pelo resultado de lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio (dez deles são citados também na primeira ação); dois também foram acusadas pelo crime de organização criminosa.
– Presos: 12 réus tiveram a prisão preventiva decretada. Dez estão detidos e dois seguem foragidos.

 

 

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