Desobediência judicial: “O nosso papel é encontrar a mãe e o filho”

Tubarão

A delegada Vivian Garcia Selig coordena o inquérito sobre o desaparecimento de um menino de 3 anos, levado pela mãe biológica, natural da República Dominicana, há aproximadamente 15 dias, de frente da creche onde estudava, no centro de Tubarão.

Vivian não pode dar muitos detalhes sobre o caso, já que o processo envolve um menor e corre em segredo de justiça. Mas, segundo informações da advogada, a mulher ‘desaparecida’ tem uma filha de 5 anos em Mato Grosso, na região metropolitana de Cuiabá. “Estamos em contato contínuo com a polícia de lá para levantar todas as informações necessárias e tentar localizar mãe e filho. Sabemos que a menina que mora lá também é filha biológica da procurada e vamos tentar ligar os casos”, revela Vivian.

Segundo o procedimento civil, a acusada descumpriu uma ordem judicial e não devolveu o filho à guardiã legal, a empresária Eliane de Castro. Amanhã, haverá uma audiência no fórum de Tubarão. A mãe biológica será representada pela advogada. “A audiência não foi desmarcada porque a atitude da dominicana é compreensível”, argumenta a sua advogada.

Caso seja encontrada, a mãe biológica não será indiciada por rapto ou sequestro. “Não houve sequestro, porque é um crime que se exige dinheiro, e também não está configurado um rapto, pois havia uma decisão judicial que possibilitava a mãe biológica ficar com o menino quase quatro dias completos durante a semana”, explica Vivian.
O caso também é investigado pela Polícia Federal.