“Daremos uma resposta à sociedade”

Mirna Graciela
Tubarão

O clima de medo dos moradores do Morro Caeté, no bairro Oficinas, em Tubarão, por causa da ação de traficantes de droga, piora a cada dia. E a própria população precisa ajudar as autoridades de segurança, no sentido de denunciar. Somente desta forma, a polícia poderá realizar um trabalho mais eficiente.

A observação é feita pelo delegado Adriano de Almeida, que coordena a Divisão de Investigação Criminal (DIC), órgão responsável pelo combate a homicídios e tráfico. “Precisamos de informações consistentes. Uma maior colaboração ajudaria muito em nosso trabalho”, solicita o delegado.

Ele soube das famílias que abandonaram as suas casas em função das ameaças de traficantes por meio das notícias divulgadas na imprensa. “Ainda não houve nada de formal com relação a isto. No que tange à Polícia Civil, vamos atuar com mais rigor naquela localidade e dar uma resposta a altura à sociedade. As investigações serão intensificadas. Isto é certo”, avisa o delegado.

O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de Tubarão, tenente-coronel Ângelo Bertoncini, destaca que buscas constantes são feitas naquela área. Ele lembra que não somente lá, mas em outros locais de risco. “O Pelotão de Patrulhamento Tático tem agido. Mas a Polícia Militar entra nas casas quando tem certeza de que algo será encontrado”, explica.

Caso contrário, este tipo de ação é feita por meio de mandados de busca e apreensão, solicitados pela Polícia Civil e expedidos pela justiça. “Trocamos informações para isto”, conta o comandante. Quem quiser colaborar deve ligar para o número 197, em anonimato.

Por medo, famílias abandonam morro
No último domingo, mais uma família abandonou a sua casa, no Morro do Caeté, no bairro Oficinas, em Tubarão. Cerca de quatro casas foram deixadas nos últimos meses pelas mesmas causas. As ameaças dos traficantes de drogas têm deixado os moradores apreensivos. A situação fica bem pior à noite. Eles acordam com o barulho dos traficantes, que pulam as cercas nos becos e passam por cima dos telhados. E nada podem falar ou reclamar. São intimidados a ficar calados, sob ameaças.