Chega a 273 número de pessoas que denunciaram agulhadas no Carnaval, em Pernambuco

Chegou a 273 o número de vítimas que deram entrada no Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, Zona Norte do Recife, alegando terem sido furadas com agulhas durante o carnaval 2019. O número foi divulgado, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). A Polícia Civil divulgou o retrato falado de um segundo suspeito de ter praticado o crime.

Os casos, segundo as vítimas, ocorreram durante os festejos de carnaval no Recife e em Olinda. Ainda segundo a SES, do total de pacientes que procuraram a unidade de saúde, que é referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, 157 realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo vírus HIV.

Todas as vítimas passaram por uma triagem. As outras 116 pessoas se recusaram a fazer o teste rápido, pré-requisito para o uso da medicação preventiva, ou já tinham passado do prazo de 72 horas pós-exposição.

Apesar disso, a SES informa que os índices de transmissão do HIV por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, com média 0,3% dos casos.

Segundo a secretaria, todas vão ser monitoradas pelo hospital ou em unidades de saúde dos municípios de São Lourenço da Mata, no Grande Recife; Caruaru e Pesqueira, no Agreste e em Serra Talhada, no Sertão.

Entenda o caso

Nesta segunda-feira (11), a Polícia Civil divulgou o retrato falado de um segundo suspeito de ferir os foliões com agulhas. O homem descrito por uma das vítimas aparenta ter 25 anos e foi visto durante o domingo (3), em Olinda. O retrato falado de outro suspeito foi divulgado sexta (8).

No dia 5 de março, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) havia contabilizado pelo menos dez pessoas que procuraram o Hospital Correia Picanço após sentirem picadas de agulha durante o carnaval. No dia seguinte, o número subiu para 25.

O hospital é referência no atendimento de doenças infecto-contagiosas e, no dia 7 de março, já passava de 100 o número de relatos de agressões com agulha.

Após os relatos, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime de “expor a risco a vida de outrem por transmissão de moléstia grave”.