Caso Jailson: Quarteto é indiciado pela morte

Rafael Andrade
Tubarão

Legítima defesa, vingança, execução, sem motivo. Tudo isso ainda é investigado pela Polícia Civil de Tubarão no inquérito que apura a morte do soldador Jailson Pereira Morais, 34 anos. A vítima foi morta por um tiro, há um mês, dentro de um bar, na comunidade de Bom Jesus, no bairro São Martinho, em Tubarão. Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. Um jovem de 18 anos é apontado como autor. Ele teria puxado o gatilho contra Jailson.

O jovem havia sido preso em fevereiro por tráfico de drogas, mas respondia em liberdade. Ele e um parente da vítima, de 32 anos, foram detidos na última terça-feira pelos investigadores da Central de Operações Policiais (COP) de Tubarão. A dupla estava em um bar no bairro São João. Eles confessam o crime, mas alegam legítima defesa. Em depoimento, os acusados alegam que Jailson os ameaçou com uma garrafa de vidro durante uma briga no bar no dia do crime.

Os outros acusados foram presos no último dia 2, véspera do feriado de Corpus Christi. É um casal – ele com 42 anos e ela com 31. Eles são acusados de serem distribuidores de crack em pontos de tráfico de Tubarão. No dia da prisão, a Polícia Militar apreendeu quase três mil pedras de crack, maconha, dinheiro e material para embalar a droga na casa dos acusados, na estrada Geral do Caruru, no bairro São Martinho. As investigações apontam que o casal seria mandante do crime.

O inquérito será concluído nos próximos dias. O mandado de prisão preventiva será pedido contra o jovem acusado de atirar e o parente da vítima. Todos já estão no Presídio Regional de Tubarão.

14 dias. Esta é a média impressionante de homicídios registrados este ano em Tubarão. Já são 12 pessoas assassinadas, todos homens. As polícias civil e militar tentam controlar a situação, mas a falta de efetivo nas corporações é um dos grandes empecilhos para tratar esta questão de segurança pública.

O último homicídio registrado
Diego de Oliveira Fogaça, 24 anos, foi o último homicídio registrado este ano na Cidade Azul. Ele foi assassinado com um tiro no peito e dois nas costas, na última quinta-feira. O seu corpo foi encontrado jogado ao lado da rua Marechal Deodoro, no bairro Cruzeiro, mas a polícia acredita que ele pode ter sido morto em outro local e levado para lá. Ele tinha dois filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 7 meses. A polícia segue investigando o caso.