Casa de Semiliberdade: Judiciário não foi notificado da mudança

Tubarão

iliberdade continua a dar muito ‘pano pra manga’ em Tubarão. Estado, judiciário, a Organização Não-Governamental Oficina da Arte Comunitária e uma parcela de tubaronenses dos bairros Oficinas, centro e São João discutem onde, por que e como será instalada a casa. A inauguração tem que ocorrer até o fim deste ano.

Uma casa espaçosa e considerada adequada pelo estado seria aberta provisoriamente na próxima quinta-feira, na esquina da rua Conselheiro Mafra com a Vidal Ramos, no centro da cidade. “Este local não pode funcionar do lado de minha casa. É inadimissível e interfere na segurança desta região”, avalia Emílio Savi, síndico de um edifício ao lado da grande casa.

O estado cancelou a inauguração no centro mediante pressão de alguns moradores. Mas o poder judiciário de Tubarão não foi informado oficialmente deste cancelamento. Um ofício deve ser encaminhado até a próxima quinta-feira para o promotor da infância e da juventude, Osvaldo Cioffi Júnior, e à juíza Mirian Regina Garcia Cavalcanti.

“Existia uma previsão de inauguração da Casa de Semiliberdade em caráter definitivo para o dia 1º de dezembro deste ano. Acredito que será possível a abertura do imóvel antes deste prazo”, informa o secretário de desenvolvido regional em Tubarão, Haroldo Silva, o Dura. “Acredito que é necessário esta instituição e deveríamos preservar melhor a atenção aos nossos jovens”, contrapõe a professora Eloíse Alano.

Diferença entre o CIP e a Semiliberdade

O CIP é para onde vão adolescentes que aguardam o julgamento de infrações de maior periculosidade. Vão para casa de Semiliberdade os jovens que cometem crimes menores, a maioria furtos (sem o uso de violência) e precisam de um acompanhamento com psicólogos, escola, cursos profissionalizantes e a família é preparada para recebê-lo.

Decisão judicial

O estado precisa reinaugurar a Casa de Semiliberdade este ano. Caso a ordem jurídica não seja cumprida, o poder executivo terá que pagar uma multa diária, a partir do dia 1º de janeiro. O valor ainda não foi estabelecido pela juíza da vara da família, órfãos, infância e juventude de Tubarão, Mirian Regina Garcia Cavalcanti.