Autor é condenado a quase 17 anos de prisão

Braço do Norte

Pedro Batista, 49 anos, que matou os irmãos Lucimar Boeing, 31 anos, e Gilmar Boeing, 22, na comunidade de Capoeirão, em Rio Fortuna, ano passado, foi condenado duplamente a 16 anos, 7 meses e 24 dias por homicídio doloso.
O julgamento (júri popular) ocorreu na noite de quinta-feira, na câmara de vereadores de Braço do Norte e contou com expressiva participação popular. O plenário ficou lotado e mais de 40 pessoas aguardavam o resultado do lado de fora. Teve início às 9 horas e terminou após as 22h30min.

Para o chefe de investigação da Polícia Civil de Braço do Norte, Alexandre Martimiano, a prisão rápida do autor, no dia do crime (não fugiu do flagrante), a perícia técnica e o desenrolar da investigação contribuíram para o sucesso da condenação. “Esperávamos mais anos de prisão, mas estamos satisfeitos”, disse o policial, que, na época, prendeu o acusado, acompanhou o caso e foi uma das testemunhas de acusação.
Pedro Batista retornou ao Presídio Regional de Tubarão, onde aguardava julgamento. Agora, pelos trâmites judiciais (réu condenado), deve ser transferido à Penitenciária de Criciúma.

Como ocorreu o crime

Lucimar Boeing, 31 anos, e Gilmar Boeing, 22 anos, foram assassinados no dia 26 de agosto do ano passado, em frente à casa de Ludgero Boeing (pai das vítimas), 56 anos, na comunidade de Capoeirão, em Rio Fortuna. O filho mais novo e o mais velho da família de cinco irmãos foram baleados sob os olhos do pai e da mãe, às 7 horas. O crime ocorreu por causa de uma discussão entre as duas famílias (ambas moram perto), mas a briga já era antiga. No dia do assassinato, o motivo teria sido um cachorro dos irmãos que atacou o autor do crime. Os irmãos, em uma motocicleta, seguiram Pedro porque ele falou que iria matar o pai deles. Mas a situação não era agradável após denúncias à Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de extração irregular de lenha nas propriedades dos irmãos e do acusado. Uma série de atritos ocorreu por várias razões, com o registro de boletins por ambas as partes.